"Capitão América 2 – O Soldado Invernal" abre bons precedentes para o futuro da Marvel

"Capitão América 2 – O Soldado Invernal" abre bons precedentes para o futuro da Marvel – Ambrosia

Capitão América 2: Soldado Invernal é tão poderoso que é capaz de tornar seu asséptico filme anterior em algo até melhor, de uma perspectiva própria. Se o filme anterior apresentava o personagem patriótico evocando o visual narrativo retrô de seu tempo, no novo filme, dirigido com uma firmeza impressionante pelos irmãos Anthony e Joe Russo, o tom de urgência contemporânea traz para o “universo Marvel” uma contundência, dentro do que se propõe, até então inédita e muito bem vinda.
A trama se passa dois anos após os acontecimentos de Os Vingadores”. Steve Rogers (Chris Evans) continua a dedicar o seu trabalho com a agência S.H.I.E.L.D., ainda liderada por Nick Fury (Samuel L. Jackson), enquanto tenta se acostumar com o fato de que foi descongelado e acordou décadas depois de seu tempo. Em parceria com a agente Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), a Viúva Negra, ele é obrigado a enfrentar um misterioso inimigo conhecido como Soldado Invernal. Mas em meio às missões, diversas conspirações acometem a organização. Steve e Natasha passam a ser perseguidos e precisam correr atrás para se salvarem e a organização da qual fazem parte.

Dentre os vários problemas que o primeiro filme apresentava, o fato de a narrativa ser antiquada, com um vilão arquetípico, acabava por tornar a trama desimportante, frente à iconografia do personagem. A direção de Anthony e Joe Russo, pautada num roteiro dinâmico de outra dupla – Christopher Markus e Stephen McFeely – conseguem repensar a premissa da “franquia” colocando o Capitão América no centro nervoso dos tempos atuais, agregando a paranóia como aspecto dramático mais representativo de um “herói de outros tempos”.
Num roteiro que resvala pelo clima de espionagem (reforçada com a presença de Robert Redford), a trama consegue ser eletrizante e consistente sem sacrificar a inteligência do espectador. Por mais que em seu terço final soe como “querendo ser a Marvel” numa sucessão de cenas clímax reiterativas, Capitão América 2: Soldado Invernal valoriza sua própria franquia (é quase que automático reconhecer que a vertente do primeiro filme, apesar de abissalmente inferior, é caprichada nesse novo filme) e abre um animador precedente para os próximos filmes da Marvel, que, em geral, sofrem da síndrome da adolescência tardia…

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