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Korn aposta na sua tradição em “The Serenity of Suffering”

Uma das coisas mais interessantes de se constatar desde que passou a ser comum as bandas de rock se tornarem longevas é que o que outrora era uma grande novidade, em alguns anos vira clássico, vintage…ou velho mesmo. No caso do Korn, que está lançando seu novo disco, “The Serenity of Suffering” (Roadrunner, 2016) é ainda mais curioso, pois foi a mola propulsora de um estilo que tem o novo até no nome.

O nu metal, popularizado pelo Korn, consistia em uma mistura do peso do hardcore com o rap e o hip hop. O gênero tomou o mainstream de assalto no final dos anos noventa e colocou o metal tradicional em segundo plano na cena chumbo grosso. Mas de novo o nu metal não tinha nada. O que as bandas faziam nada mais era do que o que o Rage Against The Machine e o 311 já faziam, e o Faith No More fazia antes deles. E no final das contas, os adeptos do nu metal acabaram se tornando tão conservadores quanto os do metal clássico. E, ciente disso, o grupo seguiu sua fórmula à risca entregando exatamente o que os fãs esperavam nesse novo e aguardado trabalho.

“Serenity” é sem dúvida um disco que joga para a torcida. Estão ali todos os elementos presentes desde o hit ‘Freak on a Leash’, que fez da banda um dos maiores nomes do rock atual. Estão ali a parede sonora formada pelas guitarras de James Shaffer “Munky” e Brian “Head” Welch, amparadas pela furiosa e competente cozinha de Ray Luzier (bateria) e Reginald Arvizu “Fieldy” (baixo). E, claro, toda a expressão gutural de Jonathan Davis.

Na terceira faixa, ‘Different World’, há a participação especial de Corey Taylor, do Slipknot, uma das várias bandas influenciadas pelo Korn. As composições do novo álbum vêm com uma carga brutal, e ao mesmo tempo com acentuada dramaticidade, oscilação perceptível no vocal de Davis. Algumas músicas, como ‘Take Me’ e ‘Everything Falls Apart’, irão remeter diretamente  à área fase inicial. Todavia, não se pode dizer que se trata de um disco nostálgico, que presta tributo ao passado glorioso. É um trabalho honesto, e, para o bem e para o mal, desprovido de qualquer pretensão ou ousadia. Mas estritamente fiel ao que se constituem ao longo desses 23 anos de carreira.

Para os detratores do gênero, Korn é réu a ser condenado sumariamente. Mas, cá entre nós, as bandas medíocres que surgiram em sua esteira não são da responsabilidade deles. O modismo perdeu força, se diluiu em outros subgêneros que não causaram o mesmo impacto. E o Korn segue vivo, ainda relevante, como comprova esse novo disco.

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