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Um completo desastre chamado “Divorce”

Sarah Jessica Parker se confunde com os signos da cultura Pop norte americana, logicamente por causa de sua Carrie Bradshaw em Sex and the City. Por isso, após o fim da série de quatro amigas cosmopolitas propagandeando New York, nos já longínquo 2004, muito se esperou pela volta da atriz a TV.

E ela voltou com Divorce, que marca também seu retorno ao HBO. A série foi criada pela atriz Sharon Horgan, que também esteve por trás de Catastrophe (outra história de relacionamento pelo viés cômico), e aqui, como o título entrega, debruça-se sobre um casal em crise.

Sarah vive Frances, casada há anos e mãe de dois filhos, mas sentido-se estagnada, principalmente com o marido, Robert, interpretado pelo ator Thomas Haden Church. Após essa primeira temporada, a gente fica se perguntando como o, sei lá, comitê artístico da HBO deu ok para uma série tão ruim como essa? A única explicação possível é o fato de investirem na “marca” Sarah Jessica Parker, ou mesmo o poder de influência da mesma sobre o canal.

Curioso pois essa produção é tão banal e derivativa que não consigo me lembrar de já ter visto no cardápio de comédias da emissora, algo tão ruim em todos esse anos de espectador.

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A história se propõe a falar dos revezes de um possível divorcio, só que confundindo a comicidade de seu gênero com a bestialidade de sua banalidade. Uma trama boba e mal pensada – casal quer se separar, mas tem comportamento de dois adolescentes que simplesmente, não se separam completamente (!) – aliado a um roteiro que fica o tempo inteiro forçando graça do tipo Frances tropeçando nas coisas por “ser atrapalhada”. Uma bobagem.

Divorce, até por se pretender uma comédia, poderia ser uma oportunidade de refletir-se numa série sarcástica e irônica sobre os clichês das cisões humanas que refletem o fim de um casamento (que é o que esperamos de uma série de HBO), mas prefere o caminho fácil dos tipos, tentando entreter sob algum discurso.

A criadora da série disse em entrevista, que “gostaria de falar sobre o quão humano, ridículo e angustiante pode ser o divórcio“, mas após essa temporada percebemos que de humano passou longe, abraçando totalmente o ridículo e tornando a vida do espectador angustiante. 

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