Depois de escapar de uma tentativa de assassinato, Franck Lazareff precisa encontrar sua esposa Leo, sequestrada por um misterioso grupo de homens armados. Ele se vê preso ao seu passado e imerso em uma questão de estado que está além dele.
A história segue Franck Lazareff, um homem comum que se vê envolvido em uma série de eventos que o levam a confrontar uma conspiração de alto nível. Depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato e perder sua esposa em um sequestro, Franck descobre conexões entre os sequestradores, seu próprio passado e uma conspiração obscura do governo. Embora o roteiro de Ad Vitam tente combinar os elementos pessoais do protagonista com um conflito em larga escala, o excesso de reviravoltas e revelações pode ser confuso e previsível. A conexão emocional entre Franck e sua esposa, que deveria ser a força motriz da história, fica um pouco turva, o que reduz o impacto dos momentos mais intensos.
Uma encenação sólida mas previsível

Rodolphe Lauga demonstra competência técnica na construção de um thriller dinâmico, com cenas de ação bem coreografadas e um ritmo que, embora irregular, mantém o interesse do espectador. As perseguições, confrontos e momentos de tensão são filmados com clareza, aproveitando os cenários urbanos e claustrofóbicos para aumentar a sensação de urgência. No entanto, a direção depende muito de clichês do gênero, como o herói inesperado e vilões misteriosos, sem fornecer uma abordagem nova e distinta que eleve a narrativa.

Guillaume Canet, que interpreta Franck, oferece uma atuação sólida, capturando a transformação de um homem comum em alguém disposto a arriscar tudo para salvar sua esposa. Sua atuação traz autenticidade às cenas mais emocionais e ação envolvente aos momentos de perigo. O elenco de apoio, que inclui figuras como os sequestradores e os improváveis aliados de Franck, cumpre seu papel, mas carece de profundidade. Os antagonistas, em particular, parecem estereotipados, o que limita a tensão narrativa.
A fotografia de Ad Vitam usa cores escuras e um estilo visual frio para refletir o tom conspiratório da história. Cenas em espaços urbanos, combinadas com interiores sombrios, reforçam a sensação de perigo constante. O design de som complementa bem a ação, com efeitos intensos se destacando nas cenas de luta. A música, embora funcional, não deixa uma marca significativa nem acrescenta uma camada adicional de intensidade emocional.
O filme belga é um suspense que entrete graças às suas sequências de ação, mas não consegue se destacar devido à sua dependência de clichês do gênero e personagens pouco desenvolvidos. Rodolphe Lauga entrega um trabalho tecnicamente sólido, mas não consegue se aprofundar o suficiente em seus temas ou gerar uma conexão emocional mais forte com o espectador.
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