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O “Halston” deslumbrado de Ryan Murphy

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Gozando da liberdade de praticamente fazer o que quer em seu contrato de US$ 300 milhões com a Netflix, Ryan Murphy segue dando forma à suas fixações e referências da cultura pop americana.

Dessa vez, com Halston, mira na vida e obra do estilista Roy Halston Frowick, um dos primeiros nomes da moda norte-americana a se estabelecer na Nova York dos anos 70. Aquela mesma de Andy Wharol e Liza Minelli, suas companhias constantes.

A grande sacada da minissérie de 5 episódios está na inusitada escalação do ator Ewan McGregor, que absorve os maneirismos do estilista com uma precisão fundamental para credibilizar a narrativa de vida de um menino criado no interior de Indiana, que se interessou por moda confeccionando chapéus para consolar a mãe dos abusos do pai, acabou trabalhando no meio e ganhando apogeu depois de cair nas graças da então primeira dama, Jackie Kennedy.

 

O enredo dele é marcado pela ocaso dos excessos de sexo, drogas e vaidade, o que justificou sua decadência e seu quase ostracismo. A série mapeia todos esses pontos, mas Murphy a perpassa mais interessado no glamour que num aprofundamento das questões. Essa cada vez mais tem sido uma “linguagem” do criador. Propor entender seus indivíduos mais pela mitologia em torno deles.

Aqui, por Halston se confundir tanto na superficialidade do seu universo, e pela entrega de Ewan, o resultado é mais agradável (só) aos olhos, que necessariamente revelador.

Nota: Bom – 3 de 5 estrelas

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