O filme “Atlas”, dirigido por Brad Peyton e estrelado por Jennifer Lopez, é uma tentativa de criar um épico de ficção científica. No entanto, a trama é um tanto infantil e acaba sendo um esforço superficial e genérico.
Na trama, acompanhamos Atlas Shepherd, uma analista de dados brilhante e extremamente revoltada por um trauma gigantesco em relação às inteligências artificiais (IAs). A humanidade vive em guerra permanente contra um robô portador de uma IA chamado Harlan, que se rebela do controle humano e decide que têm muita gente no planeta. A trama do filme leva Atlas para o espaço, onde precisa confiar em um computador senciente intitulado Smith enquanto se envolve em uma luta entre humanos e máquinas.
Jennifer Lopez, conhecida por suas comédias românticas, foge da zona de conforto ao interpretar a heroína Atlas. Com personalidade amplamente arquetípica: competente em tudo o que faz, mas incapaz de se relacionar de maneira decente com os outros. A atuação de Lopez é repleta de momentos clichês, que são difíceis de se relacionar.
O filme também sofre com um roteiro fraco e uma direção que busca inspiração em clássicos do gênero, mas acaba sendo um tanto genérica. A artificialidade permeia a experiência, que não consegue transmitir emoção com a trama.
“Atlas” é um daqueles filmes para aproveitar no tempo livre, mas não oferece nada de novo ao gênero da ficção científica. Jennifer Lopez tenta, mas também fica longe de entregar a atuação de quem deveria carregar o filme nas costas.
Tinha até uma esperança, porém seu texto mostrou muito o que sentir.