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Crítica: "Vestido pra Casar" não foge ao seu clichê: é ruim e não diverte!

Falar mal da recente e recorrente safra de comédias nacionais que estreiam quinta sim e outra também nos cinemas, é ser tão previsível quanto o resultado dessas produções. Mas, já que essa relação de percepção existe, não tem como não denotá-la ao assistir mais um exemplo preguiçoso dessa face do nosso cinema: “Vestido Pra Casar”.
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O diretor Gerson Sanginitto, vem do fraco Área Q, uma produção que, apesar do resultado pedestre, trazia em si um interessante caminho para o Cinema Nacional: investir em outros gêneros, no caso, o da Ficção Científica. Não deu lá muito certo, e o diretor foi procurar abrigo onde? Na comédia banal, claro. E com uma trama que caberia muito bem num episódio de meia hora da Turma do Didi: o comediante Leandro Hassum está em vias de se casar e acaba por rasgar um vestido valioso de uma ex-BBB após uma confusão no aeroporto. Isso deflagra uma série de confusões envolvendo a família “mafiosa” de sua noiva caipira, o marido (corno) deputado da perua, um estilista excêntrico e alcoólatra e um onipresente paparazzi.
Evidente que nada faz sentido e o roteiro está descaradamente mais preocupado em alimentar uma sucessão de gags cômicas do que contar uma história em si (algo muito comum nesse tipo de comédia). Não seria leviano dizer que Hassum não está engraçado ou não funcione a contento. Sim, ele tem grande valor no que imprime. Mas esse valor vem se repetindo há pelo menos 5 ou 6 filmes que faz. É sempre o mesmo Hassum, só muda o roteiro ruim. No geral, “Vestido Pra Casar” não é nem engraçado, uma vez que a previsibilidade é tão descarada, até para seus próprios efeitos, que mesmo a plateia mais adestrada, se cansa daquilo que já vê diariamente na TV, agora transportada porcamente para o cinema. Até porque, a fotografia e a montagem são vergonhosas. Ou seja, se até o “produto” não está muito preocupado com seu próprio valor como Comédia, por que minha análise teria de fugir do paradigma de sua ruindade como Cinema?  

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