O cineasta David Fincher, diretor do filme Clube da Luta, afirmou em entrevista ao The Guardian que não se responsabiliza pelas interpretações erradas que fazem do seu filme. Segundo ele, “não é responsável” pela forma como as pessoas interpretam a produção, e que “não pode ajudar” as pessoas que não entendem como o personagem é uma “influência negativa”.
Segundo Fincher, “não sou responsável pela forma como as pessoas interpretam as coisas. A linguagem evolui. Os símbolos evoluem”. Ele ainda foi questionado se o filme apoia a visão de mundo dos incels (termo em inglês para “celibatários involuntários”), mas respondeu que “não fizemos isso para eles, mas as pessoas verão o que verão em uma pintura de Norman Rockwell, ou Guernica [de Picasso]”.
Clube da Luta é originalmente um romance de Chuck Palahniuk publicado em 1996. O livro é narrado em primeira pessoa por um personagem sem nome que sofre de insônia e encontra alívio ao frequentar grupos de apoio para doenças terminais. Lá, ele conhece Marla Singer, uma mulher que também frequenta os grupos de apoio sem estar doente. Mais tarde, o protagonista conhece Tyler Durden, um vendedor de sabão que o convida para morar com ele. Os dois criam o Clube da Luta, um grupo secreto que se reúne para lutar em porões de bares. O livro explora temas como a masculinidade tóxica, a alienação do homem moderno e a crítica ao consumismo.
O livro foi adaptado para o cinema em 1999 pelo diretor David Fincher e estrelado por Brad Pitt e Edward Norton. A adaptação cinematográfica se tornou cultuada pela visão impactante da sociedade moderna, além de oferecer um dos finais mais incríveis do cinema.