“ABC da Morte” (“The ABCs Of Death”, E.U.A/Nova Zelândia 2012) traz 26 curtas com 26 formas de morte diferentes, cada uma correspondente a cada letra do alfabeto. Com uma premissa dessa, das duas uma: ou seria algo genial ou uma bomba. O conceito do filme não deixa margem para o meio-termo. Infelizmente, deu a segunda hipótese; o filme é uma bomba. É uma aula de como se jogar no lixo uma ideia interessante.
Talvez dos 26 curtas, somente o referente à letra W tenha alguma graça, com seu ataque de zumbis palhaços. De resto, o que se vê é um cipoal de situações manjadas, ou gratuitas ou pueris, e em alguns curtas, tudo isso junto! Cada curta metragem é dirigido por um cineasta de nacionalidade diferente, mais ou menos como na série “Eu Te Amo” (“Paris Je T’aime” e “NY I Love You”). O grande problema é que se naqueles filmes sobrava qualidade e apuro em todos os setores, nesse aqui a falta de acertos chega a ser irritante. Não venham com a desculpa que se trata de um terror, pois no gênero o que mais se faz são filmes eivados de criatividade e esperteza.
Eu afirmo aqui, que, lá pela décima morte, o espectador já está tão saturado que só se quedará na sala de exibição por puro masoquismo, ou otimismo, achando que a coisa vai melhorar. Não melhora. Talvez o filme até agrade a turma do quanto pior, melhor; que enxergue nisso aqui uma pérola da ruindade (nada, Ed Wood e Zé do Caixão faziam coisas trash com muito mais propriedade), mas os amantes do Terror, mesmo da categoria mais gore, ficarão decepcionados com tanta falta de clima e de sustos propriamente ditos no decorrer do longa. Nem mesmo a tensão, elemento primário no gênero está presente ali.
É somente uma equivocada mistura de Happy Three Friends com Faces da Morte. Em suma, uma brincadeira de mau gosto.
[xrr rating=1/5]
Próximas exibições:
Sábado, 05/10 | 16:00 | Estação BarraPoint 1 | BP037 |