AcervoCríticasFilmes

Jennifer Garner encarna uma Justiceira com desejo de matar

Compartilhe
Compartilhe


A bela Jennifer Garner, que já encarnou bons (e maus) papéis em filmes e seriados de ação — Alias: Codinome Perigo, Demolidor, o Homem sem Medo e Elektra — volta, aos 46 anos e depois de protagonizar várias comédias românticas e filmes mais densos, ao gênero em A Justiceira (Peppermint, no original em inglês).
Infelizmente, o longa dirigido por Pierre Morel, responsável por séries e filmes como Taken, District 13, Busca Implacável e Invasão a Londres, é uma mistura de ingredientes utilizados há décadas por outros roteiristas e diretores.

Déja Vu


Todos os elementos que alguém que conheça o gênero de ação, não importa a idade, estão lá: a família feliz que é destruída, o traficante malvado, o policial bom, o policial corrupto, a defesa dos mais pobres e oprimidos, o desejo de vingança e a matança sem remorso.
O problema é que parece que tudo foi jogado em um liquidificador e transformado em um mingau não muito apetitoso. Há vários problemas no roteiro, personagens ralos e uma certa falta de ritmo.

As semelhanças com Desejo de Matar (o original ou o remake) não parecem ser meras coincidências. Na verdade, durante todo o filme as referências de outros títulos ficam pulando na nossa frente.

Tela Quente?


O filme não chega a ser um desastre completo — deve virar uma boa Tela Quente ou coisa parecida — mas a possibilidade de uma continuação assusta muito.
O elenco de apoio é bastante bom — John Ortiz (Kong), John Gallagher Jr. (10 Cloverfield Lane), Method Man (Keanu), Richard Cabral (Máquina Mortífera) e Tyson Ritter (Preacher) — mas não consegue tirar o filme do atoleiro da falta de criatividade.
Além disso, como acreditar que em uma sociedade onde celulares e câmeras de vigilância registram cada um dos nossos passos, uma pessoa possa roubar armas, entrar e sair de propriedades particulares, cometer assassinatos e explodir tudo sem ser encontrada.

Para os iniciantes


A Justiceira acaba sendo um filme que pode agradar os mais jovens e que não tenham tantas referências de clássicos dos filmes de ação. Pode ser que valha a pena a ida ao cinema, caso o ingresso esteja em promoção.
Cotação ** ½

Compartilhe

Comente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos

Joaquin Phoenix ‘assume a culpa’ por versão musical de Coringa

Quando a sequência de “Coringa” foi anunciada, poucos poderiam prever que o...

A beleza atemporal de Dersu Uzala (1975) em contraste com o Cinema Atual

Em um momento de escassez de grandes estreias nos cinemas, surge uma...

Super Mario Bros 2 trará de volta favoritos dos fãs, revela ator

A sequência do sucesso de bilheteria “Super Mario Bros.: O Filme” promete...

Hans Zimmer abandona Mufasa: O Rei Leão

Hans Zimmer, o lendário compositor vencedor do Oscar, anunciou sua saída do...

Robin: James Gunn confirma filme com Dick Grayson e Jason Todd

James Gunn, co-chefe da DC Studios, anunciou oficialmente a produção de um...

Minions invadem a Sessão da Tarde da Globo nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira, 2 de outubro de 2024, a TV Globo traz uma...

‘Minhas calças não cabiam mais’ diz astro do novo Superman

O mundo dos super-heróis sempre exigiu transformações físicas impressionantes de seus atores,...

Todo Tempo que Temos, com Andrew Garfield e Florence Pugh, ganha trailer dublado

O aguardado filme “Todo Tempo que Temos” acaba de ganhar seu primeiro...