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O legado de Joan Copeland

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Joan Copeland, renomada atriz de teatro, mas que também trabalhou na televisão e no cinema,  irmã mais nova do dramaturgo Arthur Miller – e, por um período, a cunhada de Marilyn Monroe – morreu aos 99 anos, no dia 04 de janeiro. Procuramos fazer um apanhado de sua vida e carreira neste artigo, como homenagem ao seu trabalho.

Joan começou a trabalhar na décade de 1940; e é mais conhecida mais recentemente pelo papel da juíza Rebecca Stein na série Lei & Ordem (Law & Order), que interpretou entre 1991 e 2001.

Sua Vida

A atriz – nascida Joan Maxine Miller, era de origem judia. Seu pai, Isidore, era um fabricante de roupas femininas, e sua mãe, Augusta (nascida Barnett), era professora e dona de casa.

Copeland começou sua carreira no teatro, nos anos 1940, fazendo sua estréia profissional como Julieta em Romeu e Julieta na Academia de Música do Brooklyn em 1945. Fez sua estréia na Broadway como Nadine na produção original de 1948 de Sundown Beach de Bessie Breuer.  A partir daí, manteve uma carreira ativa no teatro.

Após a Segunda Guerra Mundial, Joan quase foi colocada na lista negra de Hollywood por ser irmã de Arthur Miller. Miller foi colocado na lista negra por se recusar a testemunhar contra os ex-membros do Partido Comunista Americano em frente ao Comitê da Câmara de Atividades Antiamericanas.

“Por ser parente de Miller, fui associado à lista negra”, disse Copeland a um jornal em 2011. “Minha carreira sofreu muito por causa disso. Na época, eu não sabia que era por isso que não estava conseguindo trabalho na televisão e no rádio. Foi um acontecimento desastroso para a cultura. O teatro era diferente, não foi afetado tão drasticamente.”

Com Danny Kaye (1911-1987) em Two by Two

Seus outros créditos na Broadway incluem Detective Story (1949), Not for Children (1951), Handful of Fire (1958), Tovarich (1963), Something More! (1964), The Price (1968), Coco (1969), Two By Two (1970), Check-out(1976), 45 Seconds from Broadway (2002), Wit & Wisdom (2003) entre outros. Copeland foi nomeado para um Drama Desk Award pela produção de 1977 de Pal Joey e ganhou um Drama Desk Award em 1981 por The American Clock.

Copeland também trabalhou extensivamente Off-Broadway na cidade de Nova York. Trabalhando de 1946 a 2006, em peças como Othello no Equity Library Theatre (1946), Do Outro Lado, o Pecado no Downtown National Theatre (1955), Conversation Piece no Barbizon-Plaza Theatre (1957), End of Summer no Manhattan Theatre Club (1974), Are You Now or Have You Ever Been at the Promenade Theatre (1978), o papel-título em Candida at the Roundabout Theatre (1979), Isn’t It Romantic?no Playwrights Horizons (1983), Hunting Cockroaches no Manhattan Theatre Club (1987), The Rose Quartet no Circle Repertory Theatre (1991), Over the River e Through the Woods no John Houseman Theatre (1998), The Torchbearers no Greenwich House Theatre (2000), e uma parte do elenco rotativo em Wit & Wisdom no Arclight Theatre (2003).

Em 1991, ela ganhou um prêmio Obie por sua atuação no Plano Americano de Richard Greenberg. Copeland foi especialmente celebrada com seu trabalho no Parjoy em 1976 e sua vez no American Clock na década de 1980. Escrito por seu irmão, ela ganhou o Drama Desk Award.

Televisão

Copeland começou a trabalhar na televisão no início dos anos 1950 como atriz convidada em programas que traziam peças teatrais para a TV como Suspense (1950-51) e The Web (1952-53) e a transmissão ao vivo numa peça de O’Neill em 1960. Em novelas, ganhou destaque em Ela apareceu em várias todas diurnas. Ela interpretou Andrea Whiting (filha de Joanne, ex-sogra malévola de Patti) em Search for Tomorrow (1967-1972), How to Survive a Marriage (1974-1975) e papéis em Tudo em Família (1976) The Edge of Night (1959), e As the World Turns (1966,1982). Ela também interpretou Gwendolyn Lord Abbott em One Life to Live de 1978 a 1979, e mais tarde retorna para interpretar Selma Hanen em 1995. Entre 1991 e 2001, ela interpretou o personagem recorrente da juíza Rebecca Stein em Law & Order. Seus outros créditos na televisão incluem participações especiais no sitcon The Patty Duke Show, no drama Chicago Hope (1994), Nova Iorque Contra o Crime para citar apenas alguns.

Cinema

No cinema, estreou em A Deusa (The Goddess, 1958), mas fez poucos filme. Por ser irmã de Arthur Miller ficou sem convites para a telona. Seu segundo filme foi Crepúsculo de Uma Paixão (Middle of the Night, 1959).

Com Martin Balsam em Crepúsculo de uma Paixão (1959)
Christopher Walken e Joan Copeland huntos e Geraldine Chaplin e Helen Gallagher em cena de Roseland (1977)
Com Sam Huntington em Meu Filho das Selvas (1997)

Sua carreira cinematográfica tem sido esporádica e suas aparições foram quase exclusivamente em papéis secundários proeminentes. Citamos Roseland (1977), Esta é Minha Chance (1980), Um Roubo Quase Perfeito (1987), Adorável Sedutora (1989), Meu Filho das Selvas (1997), O Pacificador (1997), A Razão do Meu Afeto (1998), Febre de Viver (1998), O Último Pedido (2006) e A Vida Privada de Pippa Lee (2009). Ela também dublou Tanana em Irmão Urso da Disney (2003) (foto abaixo).

Joan Copeland foi casada com o bacteriologista George Kupchik de 1943 até sua morte em julho de 1989. Deixou um filho, Eric Kupchik e sua sobrinha, a cineasta Rebecca Miller. Descanse em paz.

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Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

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