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“O Que Esperar Quando Você Está Esperando” tenta sem sucesso extrair cinema de um guia literário

"o que esperar quando você está esperando" tenta sem sucesso extrair cinema de um guia literário – ambrosia

Baseado no livro homônimo de Heidi MurkoffArlene Eisenberg e Sandee HathawayO Que Esperar Quando Você Está Esperando tenta dar um sentido cinematográfico para um guia contido no exemplar, de formato perguntas e respostas, de casais que aguardam a chegada de um bebê. Claro que esta transposição do best-seller tradicionalíssimo da cultura americana não renderia nada mais que um filme, no mínimo, sem sentido. Pelo menos é um filme que dá uma boa oportunidade de espaço para o talento de Rodrigo Santoro.

Para tentar aglutinar os questionamentos literários em histórias dramáticas, a trama, dirigida pelo Inglês Kirk Jones (de Todos estão Bem), conta a história de cinco casais paralelamente envoltos no assunto gravidez. Jules (Cameron Diaz) e Evan (Matthew Morrison), ela uma personal trainer apresentadora de um reality show de perda de peso, ele um dançarino profissional de um reality show no estilo Dança com os Famosos; Holly (Jennifer Lopez) e Alex (Rodrigo Santoro), ela uma fotógrafa que está entre trabalhos, ele um produtor  musical de sucesso; Wendy (Elizabeth Banks) e Gary (Ben Falcone), ela dona de uma loja de produtos infantis, ele um dentista de celebridades; Skyler (Brookly Deker) e Ramsey (Dennis Quaid), ela uma modelo bonitona, ele um ex-piloto da NASCAR e pai de Gary; Rosie (Anna Kendric) e Marco (Chase Crawford), ambos jovens chefs de trailers de comida; e finalmente Vic (Chris Rock), Gabe (Rob Huebel), Craig (Thomas Lennon) e Patel (Amir Talai), mais conhecidos como “os caras”, grupo de pais que se reúne semanalmente num parque, para falarem sobre o dia a dia de suas funções como pais.

"o que esperar quando você está esperando" tenta sem sucesso extrair cinema de um guia literário – ambrosia

Como todo filme-coral, as tramas são desníveis dentro de um todo já bem irregular. O destaque (e a graça) fica por conta do “núcleo” de Elizabeth Banks, que engravida sob a pressão da disputa do marido com seu pai ausente. Banks, que é gerente de uma loja para gestantes, vai enlouquecendo na medida em que esse conflito e sua gravidez vai aumentando, rendendo cenas hilárias. As demais histórias nada mais são que arremedos de clichês, claramente tirados de algum questionamento levantado pelo livro/guia, tendo no encontro de “pais cansados” seu exemplo mais inacreditavelmente tolo.

Mesmo entregando a Santoro um bom papel (isoladamente), o filme não consegue nenhuma de suas pretensões: tornar crível uma adaptação literária, ser realmente engraçado, propor alguma reflexão sobre a maternidade ou dar sentido para todas essas tentativas. A pergunta que não quer calar, é a seguinte: de onde mais os estúdios americanos irão extrair dólares em filmes ruins? Já descobriram jogos de tabuleiro, livros sem dramaturgia e até atrações específicas de parques temáticos… #Oremos.

[xrr rating=2/5]

 

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