2023 foi um ano bem movimentado no cinema, e aqui apresentamos os melhores filmes do ano, e por que mereceram configurar na lista. Confira abaixo:
LOVE TO LOVE YOU, DONNA SUMMER
(HBO MAX)
Porque até então nenhum outro doc conseguiu imergir tão profundamente na linha tênue entre mito e mulher que personificou a vida pessoal da cantora. E o faz com o olhar íntimo e até inocente, da própria filha.
RYE LANE
(STAR+)
Porque em tempos de decadência e sumiço dos romances no cinema, nada mais entusiasmante que um exemplar do gênero tipicamente inglês original e esteticamente divertido.
MISSÃO IMPOSSÍVEL – ACERTO DE CONTAS PARTE 1
(ALUGUEL DIGITAL)
Porque a franquia segue mantendo um nível de qualidade acima da média e nesse ano parece ter alcançado o ápice do que se entende como cinema espetáculo. E que espetáculo foi esse filme! Confira a crítica aqui
HOMEM-ARANHA: ATRAVÉS DO ARANHAVERSO
(HBO MAX)
Porque a sofisticação da provocação estética (um deleite) e o viés saudosista da história (sobretudo para os fãs xiitas da HQ) deram um puta refresco nesse momento tão ruim para filmes de heróis de HQ. Impressionante. Confira a crítica aqui
RETRATOS FANTASMAS
(NETFLIX)
Porque a expurgação pessoal de Kleber Mendonça Filho nesse documentário funciona mais como uma grande carta de amor ao cinema de rua. E a memória afetiva que ele proporciona. Confira a crítica aqui
OS FABELMANS
(TELECINE)
Porque dá para sentir o quão apaixonado Steven Spielberg estava quando criou, dirigiu, escalou e montou essa sua grande homenagem ao cinema. Confira a crítica aqui
PASSAGENS
(MUBI)
Porque em uma história que busca humanizar a noção de amores líquidos, o filme aprofunda o quão controverso pode ser o amor romântico para diferentes perspectivas dele. E o quanto essa busca pode ser egoísta.
BARBIE
(HBO MAX)
Porque Greta Gerwig foi muito esperta ao ser didática num longa sobre a Barbie, inclusive sendo ela mesma alvo e lança da critica que evoca. O filme é um barato. Confira a crítica aqui
HOLY SPIDER
(AMAZON PRIME)
Porque é cruel, sobretudo pela observação tão crível sobre o fundamentalismo islâmico e o patriarcado iraniano. A mensagem que deixa no fim perturba. O filme perturba. É um, caminho sem volta. Confira a crítica aqui
PEDÁGIO
(EM CARTAZ)
Porque assim como o excelente “Carvão” ano passado, a diretora Carolina Markowicz entrega o que está virando sua marca de excelência: expor as contradições sociais e morais de um país de ressaca pós-Bolsonaro. Confira a crítica aqui
TÁR
(TELECINE)
Porque após Todd Field ter ficado mais de 15 anos sem filmar, entrega essa obra-prima densa e artesanalmente construída em sua dramaturgia sobre o que sobre de um indivíduo espremido entre seu talento e sua obsessão. Confira a crítica aqui
SALTBURN
(AMAZON)
Porque Emerald Fennell é uma diretora que vem construindo uma carreira ascendente artisticamente e esse filme demonstra a sagacidade dela no olhar para seus personagens, sempre borrando a percepção de serem vítimas e/ou algoz, para falar sobre identidade, luxúria e poder, com uma riqueza plástica admirável e uma sensação de que ela ainda tem muito a mostrar. Filmaço!
OPPENHEIMER
(ALUGUEL DIGITAL)
Porque Nolan conseguiu extrair um filme muito vigoroso de uma biografia muito difícil investindo naquilo que tem de mais humano: colocar o homem em perspetiva de sua própria criação, quando ela é uma bomba de poder de destruição nunca visto. Nem o protagonista, nem o espectador saem ilesos disso. Nolan acertou em cheio. Confira a crítica aqui
TRIÂNGULO DA TRISTEZA
(AMAZON PRIME)
Porque dentro do cinismo que emoldura os filmes de Ruben Ostlund faltava ainda elaborar uma parábola sobre a estupidez humana, sobretudo pelo recorte social. Eis um filme adoravelmente perverso.
CLOSE
(MUBI)
Porque a sensibilidade desse filme é tátil num lugar que requer muita habilidade no complexo casamento entre roteiro, direção e atuações. Essa delicadeza transcende a técnica, mesmo não prescindindo dela. Seu resultado compreende tudo isso. E emociona. Ah, como emociona.
ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES
(ALUGUEL DIGITAL)
Porque Scorsese sabe sempre muito bem o que está fazendo e como está fazendo. A maneira como ele dimensiona a revisão histórica e dá sentido a seus personagens nesse intuito, é trabalho de mesmo. Pleonasmo, vai… Confira a crítica aqui
ELIS E TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ
(ALUGUEL DIGITAL)
MELHOR FILME NACIONAL DE 2023.
Porque não deixa de ser impressionante que esses registros estavam guardados por todos esses anos e foram transformados num documento importantíssimo sobre dois dos maiores nomes do cancioneiro brasileiro. Eles e seus gênios. O resultado é História. E um belíssimo filme.
MONSTER
(EM CARTAZ)
MELHOR FILME INTERNACIOINAL DE 2023.
Porque Hirokazu Koreeda é um dos melhores cineastas do planeta e a manutenção dessa alcunha segue intacta a cada lançamento, como essa obra-prima engenhosa em que delicadamente mostra as feridas expostas de seus personagens e faz disso um elo com espectador até largar nossa mão com um final cruelmente sensível. Um deleite de construção dramática e narrativa. Um deleite de Koreeda. Confira a crítica aqui
Comente!