“Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Perigosos” diverte com a auto-ironia da faixa etária de seus protagonistas

Não se leva a sério uma caduquice. À princípio, estranhamos, para depois cedermos ao humor – que geralmente vem da graça – de ser o que se é, sem ressalvas ou máscaras. “Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Perigosos” é assim. Um bom filme caduco. Aliás, Hollywood parece ter descoberto um novo filão: o humor notadamente voluntário em cima da auto ironia da terceira idade. Foi bem sucedida na histeria de Silvester Stallone em “Os Mercenários” e dentro desse contexto, é assertiva aqui.

Nessa continuação do filme de 2010, baseado nos quadrinhos da DC Comics, o ex-agente Frank (Bruce Willis, hilário) só queria levar sua vidinha tranquila com a amada Sarah (Mary-Louise Parker), mas sua ex-parceira Victoria (Helen Mirren, ótima) o avisa que tem muita gente querendo a cabeça dele. Começa aí um verdadeiro jogo de gato e rato para descobrir quem ou o que está por trás dessa trama, que remete aos tempos da Guerra Fria e envolve ainda uma arma de destruição em massa.

RED 2

Nada faz muito sentido nesse roteiro e o excesso de subtramas banalizadas é gritante. Mas, por incrível que possa parecer, os personagens são bem, digamos, delineados. E com um elenco que conta com feras como Anthony Hopkins, a própria Helen e Mary-Louise, além do presente que é ver John Malkovick (todos irrepreensíveis), não tem como a coisa desandar totalmente. Assim como o primeiro filme, o humor traveste a falta de um roteiro mais crível, embora essa não seja a razão de seu sentido, nem como HQ. Trata-se de uma bobagem, mas, diferente de muitos exemplares acéfalos que aparecem no cinema hoje em dia, o estelar elenco compartilha a diversão com nós espectadores.

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