“Truque de Mestre” se ilude em seu próprio ode ao ilusionismo

Truque de Mestre incorpora o ilusionismo em sua totalidade, até para ludibriar nós espectadores. Esse é talvez seu maior mérito e também mais visível defeito. Claro que a engenhosidade narrativa é esperada num trama que se propõe a mostrar quatro ilusionistas: Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Henley Reeves (Isla Fisher), Jack Wilder (Dave Franco) e Merritt McKinney (Woody Harrelson), financiado pelo milionário Arthur Tressler (Michael Caine) conhecido como “Os Quatro Cavaleiros” que tem como ápice de suas apresentações um assalto a banco. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs (Mark Ruffalo) passe a persegui-los, contando com a ajuda de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um veterano desmistificador de mágicos.

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O diretor Louis Leterrier (de carreira bem irregular) usa como estratégia de sedução uma narrativa vertiginosa que acampa todos os absurdos que o roteiro vai propondo. Não dá para dizer que não seja eficiente em sua proposta. Mas é bem claro também que tamanha voltagem é um, ops, truque de mágica, para esconder sua falta de lógica, reforçada com um final até surpreendente, mas bem caduco. A função do ilusionismo é impressionar pela habilidade de oferecer possibilidade onde não vemos. Truque de Mestre incorpora o conceito, mas não a prática. Aí, o filme pode até convencer (e convence que é uma beleza!), entretanto é traído pela própria ambição.

 

[xrr rating=3/5]

 

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