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“Um Espião e Meio” dosa cretinice com charme

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Sabem aquela história do popular da época da escola se transforma em um sujeito ordinário na vida adulta? Acontece (conheço vários exemplos), para regozijo de muitos nerds/excluídos/freaks. Ver que a menina que te desprezou  virou matrona, o atleta ficou barrigudo tem um inevitável sabor de vingança, principalmente se você nerd/freak evoluiu, seja por desenvolver uma habilidade, ou simplesmente melhorar a aparência.

“Um Espião e Meio” (Central Intelligence, EUA/2016) aborda essa pegadinha que o tempo pode fazer com as pessoas, transformando o vencedor de ontem em perdedor e vice-versa. No caso de Calvin Joyner (Kevin Hart), tudo está perfeito com sua forma física, mas sua vida nem de longe remete aos tempos de glória do colégio, quando era o rapaz mais popular. Já Bob Stone, o gordinho freak que sofria bullying, 20 anos depois tomou a forma de Dwayne ‘The Rock’ Johnson. Stone surge para Calvin com um pedido de amizade no Facebook. O saudosismo os une e ficam amigos. O que Calvin nem imagina é que está prestes a embarcar em uma trama de conspiração envolvendo a CIA e um atentado à segurança nacional.

“Um Espião e Meio” é nada mais do que um veículo para o humor falastrão de Hart, que segue o estilo de Eddie Murphy. E também serve como mais uma oportunidade para Johnson exercer sua veia cômica entre um filme de ação e outro, como também fizeram Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone. Em alguns momentos até nos faz lembrar um pouco “Irmãos Gêmeos”. E dessa vez, o ex-wrestler até se sai bem, no papel do gigante gentil que usa camiseta de unicórnio e cultua o clássico adolescente “Gatinhas e Gatões”, com Molly Ringwald.

O filme é mais um que surfa na nova onda da espionagem no cinema, que tem rendido bons títulos como “Kingsmen”, e, recentemente, “Os Dois Caras Legais”. O bom resultado advém da direção acertada de Rawson Marshall Thurber, que demonstra um bom timing para a comédia, e do roteiro assinado por ele juntamente com Ike Barinholtz e David Stasson. O trabalho do trio potencializa bastante a química entre Hart e Johnson, sem a qual o filme talvez não funcionasse tanto. Mesmo as piadas menos felizes não chegam a comprometer o resultado como um todo. Como ‘bromance’, o longa é muito mais  interessante do que o segundo “Anjos da Lei”, por exemplo.

Por fim, “Um Espião e Meio” é uma comédia que apresenta uma certa cretinice, muita inverossimilhança, mas traz um charme dos filmes de humor que freqüentavam a sessão da tarde nos bons tempos. Um filme que em outras mãos poderia ter dado muito errado, mas rendeu um bom programa para quem procura entretenimento puro.

Filme: Um Espião e Meio (Central Intelligence)
Direção: Rawson Marshall Thurber
Elenco: Dwayne Johnson, Kevin Hart, Amy Ryan
Gênero: Ação/Comédia
País: Estados Unidos
Ano de produção: 2016
Distribuidora: Universal Pictures
Duração: 1h 49min
Classificação: 14 anos

 

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