ColunasGames

Bitscópio: Road Rash

Compartilhe &media=" rel="nofollow"> &title=Bitsc%C3%B3pio%3A%20Road%20Rash" rel="nofollow"> &name=Bitsc%C3%B3pio%3A%20Road%20Rash" rel="nofollow">

Antigamente, quando os bits eram apenas 16, Mega Drive e Super Nintendo batalhavam pelo mercado e os controles eram mais simples, uma desenvolvedora chamada Eletronic Arts, ou EA hoje em dia, nos trazia um jogo de corrida de motos que iria marcar para sempre uma geração: Road Rash.

Pense em um dos mais clássicos jogos de corrida de motociclismo como Hang On e misture com a possibilidade de espancar seus adversários e os jogar para fora da pista com trânsito e obstáculos como vacas e pedras. Essa é a premissa desta mais que clássica série de jogos.

Não existia uma personagem específica nas versões para o Mega Drive ou Super Nintendo, você é apenas mais um motoqueiro em um grupo que usa estradas dos Estados Unidos da América (no primeiro jogo e expandido para o resto do mundo nos demais) como cenário para corridas em que não há regras e nem sempre vence quem tem a melhor moto.

O objetivo das corridas é sempre chegar entre os três primeiros, juntar dinheiro e trocar sua moto por uma melhor. Para isso, o jogo fornecia a possibilidade de chutar, socar e, roubar armas como cacetetes e correntes dos adversários para usar neles. Lembrando sempre que a polícia está presente, e caso aconteça de cair perto dele, é cadeia e multa, tendo que gastar seu dinheiro pra sair de lá.

Ao final de cada corrida, o jogador era premiado com uma animação pagando mico caso tivesse perdido ou sido preso, ou celebrando, caso tenha vencido. Na encarnação para PC, Playstation 1, Saturn e 3DO, as animações viraram vídeos live action.

A abertura da versão para PC é muito legal, com toda aquela tônica de vídeos de jogos dos anos 90 (aahhh, esse filtro rosa brega). Querem ver o que eu quero dizer?

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=gBdlScU7N6M[/youtube]

Todas as músicas do jogo são de bandas como Soundgarden, Paw, Hammerbox, Therapy?, Monster Magnet, e Swervedriver, tendo algumas bandas de garagem que mandaram suas músicas para a EA colocadas na versão final deste mesmo jogo que foi lançada algum tempo depois.

Cada corrida poderia ser jogada quantas vezes se quisesse, ajudando a juntar mais grana por uma moto melhor que facilitasse a vida, porém não deixaria totalmente fácil. Os últimos níveis do jogo tem todos os jogadores usando superbikes com nitro (que vai recarregando sozinho), ou seja, cair é quase certeza de derrota porque a tendência nas quedas de Road Rash é que a moto fique no local do impacto e o piloto saia voando por metros e metros. Às vezes a sorte ajuda e a moto voa ao seu lado, o que gera uma cena patética.

Bater demais a moto pode quebrá-la e te obrigar a abandonar a corrida e gastar uma bela grana para consertar. Às vezes é melhor deixar a polícia te prender do que quebrar a moto.

Falando na polícia, os vigilantes rodoviários vem para cima com suas motos e tentarão te derrubar a todo custo. O ideal é fugir na velocidade, se não der e estiver desarmado, chute ele para longe e reze para que ele saia da pista e pegue uma cerca , que aí é certeza de fuga. Mais para frente, surgem as barreiras policiais e as viaturas patrulhando as estradas. Bater nelas também é prisão certa.

Como já era de se esperar, o jogo tende a colocar os adversários como fantasmas que irão lhe perseguir até o fim, mesmo se a vantagem for muito grande. Um errinho e uma distância enorme de vantagem é perdida, o que acaba ocasionando na necessidade de derrubar o adversário na pancada. Talvez seja aí que esteja a diversão.

Após a versão mais moderna com rock bom, a EA cedeu o direito de desenvolvimento para a THQ que fez o Road Rash 64, para o Nintendo 64 que teve uma boa evolução e apresentação, mas passou meio desapercebido. Na geração seguinte, o PS1 recebeu Road Rash: Jailbreak, que recebeu críticas desfavoráveis e era chato demais de jogar.

Por fim, o PSP recebeu o relançamento de Road Rash 1, 2 e 3 em 2006 com direito a multiplayer via conexão wireless. Após isso, a franquia foi totalmente esquecida, já que jogos como GTA permitem que se faça basicamente a mesma coisa que em Road Rash, mas com armas de fogo. A EA chegou a cogitar fazer uma novo jogo em 2008, mas o projeto foi pro brejo, mas não antes de alguém soltar um vídeo na internet com um pouco da jogabilidade, em fase de pré renderização. Vale a pena conferir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=tvHz2u-33Y4[/youtube]

Aqueles que tinham a paixão pela corrida suja em que o bem estar do oponente era a menor das preocupações irão sempre sentir falta deste fantástico jogo. Quem sabe um dia alguém o relance como conteúdo baixável pelas redes da Sony ou Microsoft.

J.R. Dib

Deixe um comentário

Sugeridos
CríticasGames

The Vale: Shadow of the Crown | Uma revolução sensorial nos videogames

Em um universo saturado de estímulos visuais, The Vale: Shadow of the...

DesignGames

O papel das cores na emoção dos games: de Sweet Bonanza à escuridão de Dark Souls

As cores sempre foram parte essencial da experiência nos videogames. Elas não...

CríticasGames

2XKO: Riot chegando de voadora na cena dos jogos de luta

A Riot Games não está pra brincadeira. Depois de anos dominando o...

CríticasGames

Neon Apex: Beyond the Limit – O Trailer Promete, o Jogo Entrega… Dipirona

Quando abri Neon Apex: Beyond the Limit, confesso: senti aquele frio na...

CríticasGames

Beyond the Ice Palace 2: quando a equipe entende o que tá fazendo

Beyond the Ice Palace 2 não tenta reinventar o gênero. É um...

CríticasGames

Bubble Ghost Remake: um sopro nostálgico pouco convincente

O universo dos remakes vive de resgatar memórias afetivas, e Bubble Ghost...

CríticasGames

Blow It Up: mesma fórmula, novo fôlego

A essa altura do campeonato, qualquer jogo que envolva arremessar projéteis contra...

CríticasGames

Beat ‘Em Up Collection (QUByte Classics): uma viagem nostálgica com cheats libertadores

A coletânea Beat ‘Em Up Collection, parte da linha QUByte Classics, chega...

CríticasGames

Yasha: Legends of the Demon Blade — A surpresa que ninguém viu chegando

De vez em quando, surge um jogo que não apenas surpreende, mas...

CríticasGames

MiceGard: ratos vikings e uma jogabilidade que surpreende pela simplicidade

MiceGard chegou sem alarde, mas com uma proposta curiosa: colocar o jogador...

CríticasGames

Pocket Bravery e o desafio de encontrar seu espaço no coração dos fãs

Quando soube que Pocket Bravery era um jogo de luta brasileiro, confesso...

GamesTecnologia

A ascensão dos jogos rápidos em Moçambique e seu impacto na cultura digital

Nos últimos anos, Moçambique tem observado um crescimento notável no setor de...