Reconhecimento de Padrões trata de muita coisa, talvez sendo um exemplo exacerbado do complexo “multi” e velocidade impressas nestes últimos tempos; claro que isso tudo tem um preço, uns certos preços!
Uma cria da atualidade e do ritmo enlouquecido-globalizado ianque, infestado de jogos de poder onde a rivalidade está em tudo.
Escrito por William Gibson, com ano da publicação em 2003 e tradução de Fábio Fernandes pela editora Aleph, Reconhecimento de Padrões é um espelho das tendências para o ‘universo pop’ do século XXI.
Seu autor fala através de um tal gênero Cyberpunk – que é isso? São novas profissões, atribuições como a de “coolhunter: caçadora de tendências” – algo como isso.
De linguagem atual, igualmente fluida e bem desenrolada; mesmo assim, há muitos spams na obra; muito conteúdo descartável. Talvez se fosse sutil e enxuta estivesse mais divertida. Ainda assim, a todo tempo catapulta o leitor através de uma citação seguida de analogia, referência. “Aqui, você precisa manter os olhos abertos e prestar atenção”.
Se, a título de curiosidade, ajudar… leia o livro conectado à Rede de Computadores, com suas páginas abertas em qualquer buscador que seja, e caia na gandaia da pesquisa de termos e nomes.
As ostentações são multinacionais. Os termos ‘importação’ e ‘exportação’ são a base do dia-a-dia das personagens, ao que usam de tudo um pouco de cada país. Não faltou nem citar o famigerado Google. Também pudera, aliado a tantos termos de uso exclusivo (ou não!) da internet…
Os endinheirados e pedantes se identificação prontamente… Ao que parece, todos vivem numa atmosfera distinta (e porque não distante) da maior parte do globo – entre viagens, salas de reunião e goles de água Perrier.
“Profissional Urbano” seria o termo perfeito para Cayce Pollard, a meio protagonista da história. Ela, dona de sensibilidades peculiares, é também uma freelancer, (…) radicalmente de curto período, sem qualquer competência empresarial. Seu pai desaparecera nos ataques de 11 de Setembro nos EUA.
“Homo Sapiens é reconhecimento de padrões (…) O que é ao mesmo tempo um dom e uma armadilha”, diz Parkaboy, seu amigo. E ainda que a Srta. Cayce seja alérgica a marcas registradas, bem, o uso é recorrente pelo autor, inquietando sua personagem.
URL; Site; fragmentos de um intrigante filme, um Fórum de debates denominado Fetiche; Filme; Forum (F;F;F)
Filme = jogada de marketing?
Filme = seguidores fiéis
Um Mundo-espelho (O que é? Bem, só o leitor atento poderá decifrar!)
E que ligação há entre a empresa Blue Ant, para qual trabalha a protagonista?
“Não temos futuro porque nosso presente é volátil demais” (palavras de Huberus Bigent, o desconfiado chefe dela!)
Esse tal de Bigend faz a proposta a ela de investigar o autor de tal filme misterioso. E isso seguramente perturba a ordem de alguém no outro lado. Aí a trama se desenvolve. No mais, os deixo com as apostas. Desfrutem!
Esse texto é um rascunho?
Alguem sabe se esse livro ja virou filme?