Thomas Harris, Peter Harris, Robert Harris. Não são parentes, até onde eu sei, mas além do sobrenome, algo a mais os liga: a profissão. Todos são escritores, conhecidos ou desconhecidos. Todos escrevem de forma diferente, e deram sua contribuição, boa ou ruim, para o mundo da literatura. De seis meses atrás até agora eu conheci esses três “Harris”. Encantei-me e me frustrei com eles. Aproveito essa coincidência de nomes para falar deles e de suas obras.
Vou começar pelo melhor, e que deve ser o mais conhecido de todos. Thomas Harris é dono da mente iluminada que criou Hannibal Lecter. Até ano passado eu não fazia idéia de que O Silêncio dos Inocentes e suas continuações vieram desse autor. Infelizmente, não li todos os seus livros ainda, mas é só uma questão de tempo. Seu primeiro livro foi Black Sunday (1977), dando início aos seus romances policiais. Sua segunda obra é Dragão Vermelho, que foi o livro que introduziu Hannibal Lecter na literatura. Todos os seus outros livros, então, envolvem Lecter: O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e seu último romance, Hannibal – A Origem do Mal. Nem é preciso falar do sucesso que esse assassino fez. Todos os livros com Lecter acabaram virando filmes.
O segundo Harris, o Peter, não é algo para se apreciar. É para passar longe. Autor de O Enigma Vivaldi, Peter mostrou que tudo o que almejava na vida era ser Dan Brown. E ele não conseguiu. Seu livro não passa de uma imitação mal feita de O Código da Vinci. Algum elogio a ele? Certamente não. Ainda não encontrei algum ser nesse mundo que tenha gostado desse livro. É totalmente previsível, é exagerado e sem nexo. Peter pode ser cruelmente esquecido na história literária, sendo que foi cruel ao querer publicar tamanho lixo.
Para terminar com coisa boa, temos Robert Harris. Autor de Pompéia, Pátria Amada e O Fantasma, único livro que li dele até então. Na minha concepção, Robert não é melhor do que Thomas, mas está muito longe de ser um fiasco como Peter. Digo que é um autor acima da média. Robert me proporcionou bons momentos com O Fantasma, onde dá uma alfinetada básica em Tony Blair e no terrorismo, usando de sua experiência como editor político do Observer. O que de início parecia mais um livro como muitos outros acabou se mostrando algo muito criativo e cativante. É um livro que envolve política, sim, mas em momento algum é chato ou desinteressante. Robert mostrou que um romance desse tipo é digno de ser lido.
Sei que não é uma grande análise dos autores, afinal não sou expert no assunto. A intenção mesmo é apresentá-los e alertar a triste criatura que por ventura venha a se deparar com Peter Harris. Para quem não tem uma idéia nítida de qual vai ser o próximo livro a ler, Thomas e Robert Harris são boas pedidas.
Sem dúvidas é muito complicado bater Thomas Harris, o escritor é responsável por um dos personagens mais marcantes da era moderna.
Gostei bastante do artigo, acho que funciona muito bem 😀
minha namorada tem o sobrenome Harris