Em A literatura nazista na América, Roberto Bolaño traz, em suas palavras, “uma antologia vagamente enciclopédica da literatura nazista produzida na América entre 1930 e 2010”. Com a publicação desta coletânea de escritores fictícios e infames, o autor chamou pela primeira vez a atenção da crítica, que o saudou por sua “originalidade e imaginação brilhante”.
Organizada como uma antologia de escritores simpáticos ao horror, esta engenhosa obra compila perfis dedicados à vida e aos livros de autores de um cânone fictício e delirante. Ao antecipar todas as temáticas que viriam a ser recorrentes na obra do autor. Publicada pela Companhia das Letras, com tradução de Rosa Freire D’Aguiar, A literatura nazista na América é um livro-chave e cada vez mais atual na sua reflexão sobre o mal e a violência.
As vidas imaginárias perfiladas neste livro — que pode ser lido como um volume de contos, mas, principalmente, como um romance, como queria seu autor — irão se converter numa paródia sombria (e atual) da história real da literatura e da política do continente.
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