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“30 Dias de Noite”: O terror cru

Em uma cidadezinha isolada no Alasca vive uma pequena comunidade que já se acostumou ao frio intenso do lugar. Por trinta dias, o sol os abandonará, mas eles nunca imaginariam que junto às trevas, viria a matança. Para os habitantes, o terror. Para os vampiros famintos, trinta dias de um banquete macabro. Esta é a premissa de 30 de Dias de Noite, uma Grafic Novel publicada no Brasil pela Devir (IDW Publishing nos EUA).

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Eles são imortais e dotados de poderes espetaculares, no entanto, possuem curiosas limitações que acabam por definir seus hábitos incomuns. Mas, você já se perguntou o que aconteceria se esta fraqueza simplesmente deixasse de existir? Talvez não, mas foi o que Steve Niles propôs.

A história é focada num casal de policiais, marido e mulher. Eben, o xerife da cidade, encontra um estranho sujeito no bar local. O dono do estabelecimento pretende expulsá-lo, o motivo? O cliente queria um prato que não estava no cardápio. Carne, carne crua e fresca. Antes de acontecer algo de ruim, Eben acha por bem deter o estranho homem e mantê-lo na delegacia da cidade.

Exposto através de um incomum humor negro, a história se desenvolve em três linhas narrativas. Uma delas sob a perspectiva dos vampiros, que aos poucos cercam os habitantes locais. Outra focada nos sobreviventes, sob o comando dos policiais, e num terceiro grupo, que aparentemente está à caça destas criaturas da noite. O enredo é definido sob o óculo claustrofóbico, fazendo com que um final trágico se desenhe paulatinamente pela narrativa.

A arte fica a cargo de Ben Templesmith, que já ilustrou Star Wars e Silent Hill, e expõe de uma forma incomum a situação. Os desenhos são um tanto confusos e expressam aquela sensação de escuridão e abandono. Em certas ocasiões você se pega aproximando o rosto das páginas, tentando enxergar melhor o que se passa. A arte quase abstrata de Ben contrasta de uma forma interessante com o clima de terror que o roteiro se propõe a passar.

Publicada originalmente nos EUA entre 2002 e 2007, a HQ ganhou recentemente uma versão para as telas de cinema. Estrelado por Josh Hartnett (Pearl Harbor, Xeque-Mate) e Melissa George (Turistas) e dirigida por David Slade. A Devir lançou em 2007 no Brasil, uma versão encadernada em formato de luxo com 16,5cm × 24cm, 88 páginas coloridas em papel couchê 90g/m² e laminação fosca com reserva de verniz. Por um preço de R$29,90.

Quem está à procura de HQs alternativas e de um bom título de terror, 30 Dias de Noite pode agradar. A profundidade da história não passa muito disso, o que acaba formando uma narração um tanto linear, sem muita profundidade em personagens e conceitos. É simplesmente o terror cru, sangue, tripas e violência gratuita. Porém, tais características não influenciam de forma negativa à obra como um todo. O objetivo que se tenta passar, afinal, é feito com relativo sucesso: A simples sensação de pânico diante da morte iminente e a irracional vontade de sobreviver diante disso.

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Comentários 4
  1. Bacana a resenha. Tenho lá em casa e curto muito a HQ… é bem isso que vc descreveu.
    Só uma opinião particular: Vc devia ter citado as seqüências (Dias Sombrios e 30 Dias de Noite Retorno a Barrow) aos desavisados, mesmo não sendo obrigação sua, que talvez possa interessar aos leitores.

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