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A Semana em Quadrinhos: Frequência Global – parte 2

Continuando a falar de Frequência Global, hoje eu termino mais essa mini de Warren Ellis e parto para analisar alguns quadrinhos que estão saindo ou estão para sair no Brasil, quem sabe até mesmo vendo essa nova revista da Vertigo que a Panini lançou e até agora não deu as caras aqui no interior do Brasil.

FG01

Frequência Global #07 – Desenhado por Simon Bisley

Uma nova ameaça surge e a FG tem que agir. Desta vez, um grupo terrorista pretende matar os chefes da inteligência inglesa, alemã e russa que estão se reunindo secretamente em Londres. Graças a uma prostituta que sofreu uma tentativa de homicídio por parte do líder dos terroristas, a informação de que eles estariam na cidade chegou até Aleph e Miranda Zero que organizam o resgate dos espiões.

Grushko

O atentado acontece, todos os carros dos espiões explodem, mas estavam sendo controlados remotamente. Podendo ver de onde vieram os disparos e mísseis que explodiram os carros, os agentes da FG atacam seus alvos. Entre estes agentes estão Lau Jia da inteligência chinesa e o Sr. Grushko, um russo que ao que tudo indica, não atua do lado da lei desde que se entende por gente, podendo ser qualificado como serial killer.

Todos exceto um são mortos. Grushko então usa um machado como técnica de persuasão e ele entrega que o líder está no mesmo prédio que eles. Lau chega primeiro ao local e troca tiros com ele, os dois são baleados e começa um duelo de palavras com armas sacadas. Ele fala a ela sobre a arma nuclear que está em um avião sobre a Alemanha agora se dirigindo a Londres e que poderá ser detonada a qualquer momento com o celular dele. Ele quer em troca de evitar a detonação, a possibilidade de fugir. Ela diz que ele não sairá vivo daquela sala. Eles disparam suas armas, Lau cai morta e a mão do líder explode em pedaços com o celular. Enquanto ele tenta fugir se arrastando, Grushko aparece e o decapita e diz que ela o falou que não sairia vivo daquela sala.

Lau

Frequência Global #08 – Desenhado por Chris Sprouse e Karl Story

Miranda Zero foi sequestrada e cabe a Aleph e o restante da FG encontrá-la. Enquanto vemos a mobilização dos agentes em investigar a cena do sequestro, no caso o quarto de Miranda, vemos ela e seu sequestrador debatendo. Ele quer todos as senhas e códigos de acesso aos computadores da FG em troca da vida dela. Miranda é irredutível e começa a ser espancada. Em uma hora, ele a diz que em uma hora, ela será morta.

Miranda

Aleph coloca especialistas de todas as áreas trabalhando e buscando por pistas de Miranda. As fitas de vigilância do hotel mostram seus sequestradores, o sangue no lençol dá o nome de um deles. É a vez de Alice April, o braço violento da FG nessa missão agir. O rastreamento a leva a uma área isolada de Los Angeles, usando uma mochila helicóptero em que um dos membros da FG chegou ao hotel, ela mata os dois sequestradores, de um grupo extremista branco chamados Odinsrage (Fúria de Odin).

Rocket Girl

Essa edição é o que se pode chegar mais próximo de uma conversão aos quadrinhos do seriado CSI. A investigação do local do crime ganha tantas formas distintas e análises de diversos ângulos que simplesmente se torna algo instigante. Cada página virada e vemos o como Warren Ellis consegue introduzir mais e mais situações que somente um grande conhecedor da cultura ou uma mente alucinada que consegue criar cada dia uma coisa totalmente diferente.

Frequência Global #09 – Desenhado por Lee Bermejo

Talvez seja a melhor edição de todas as FG, não tanto pela ação, mas pelos fantásticos desenhos de Lee Bermejo e pela história que com certeza é a que tem o caráter mais psicológico de todos.

Takashi

Um hospital psiquiátrico no Japão está isolado pela polícia. Aleph chama Takashi Sato para o serviço de se infiltrar e descobrir o que está ocorrendo dentro dele. Takashi diz a ela que não faz mais parte da FG. Aleph explora a culpa pela morte das pessoas para que ele ajude em razão de suas qualidades indispensáveis nessa missão. Não há mais ninguém da FG no local. Takashi aceita e vai até lá.

Ele encontra a polícia cercando o prédio, dois homens entraram, começaram a gritar e não mais responderam. Takashi entra e já começamos a perceber que este hospital tem algo errado. Aleph diz a ele que o hospital tem usado de tratamentos experimentais com células troncos, alguns ilegais. Ao adentrar uma sala, vemos que passamos para um novo patamar da loucura humana.

Takashi 2

Corpos humanos deformados, alguns fundidos uns aos outros, a grande parte vivos. A expressão nos olhos de Takashi já diz tudo. Ele mostra a ela através da câmera do celular e começa a matar as pessoas que ainda estavam vivas. Ele começa a falar com Aleph sobre os experimentos e descobre que eles eram introduzidos nos pacientes via aérea e que uma explosão espalhou o gás pelo ambiente. Ele entra em uma sala de cirurgia e enquanto se posta de frente a dois médicos com os olhos vidrados, ele fala sobre as duas missões que o fizeram sair da FG. Uma sobre ir a uma sala de estudantes que cometeu suicídio em um trem (Jisatsu Circle ou Suicide Club) e depois invadir uma ilha onde estudantes eram levados para se matar (Battle Royale na cabeça).

Humanos (Medium)

Ele mata um dos médicos e manda o outro explicar o que estão fazendo lá. Ele diz que o corpo humano é lindo por dentro e deveriam receber a devida homenagem. Takashi descobre que os médicos usaram as células troncos e biorreatores para literalmente virar os pacientes do avesso, chegando a criar uma catedral macabra com os pacientes. Ele manda Aleph ordenar ao governo japonês que bombardeie o lugar usando bombas de combustível para queimar a química no ar. Quando Aleph fala para ele sair, ele diz que não pode com essa química dentro do corpo dele e reitera para ela, que ele não está mais na FG. A bomba explode, fim da edição.

Frequência Global #10 – Desenhado por Tomm Coker

Essa edição com certeza foi a que Warren Ellis mais se divertiu em escrever. Sabem porque? Basicamente é só ação do início ao fim. Um terrorista inglês é contratado para invadir uma empresa que faz produtos de guerra biológica e mandar alguns desses bichinhos na atmosfera. Para pará-lo, Aleph e Miranda chamam o operativo que tem o simples apelido de “O Francês”. Daí em frente, é pancadaria sem noção, com direito a olhos e braços arrancados, tiros, facadas, etc. Melhor ver do que ler.

FG10 (Medium)

FG101 (Medium)

Frequência Global #11 – Desenhado por Jason Pearson

Descobrimos um pouco do passado de Aleph quando, cinco anos atrás Miranda Zero vai até ela em uma universidade americana e diz que ela é uma espécie de super processador de dados, podendo trabalhar em milhares de informações ao mesmo tempo e a convida para integrar a FG. Ela ficaria em um local seguro, isolada do mundo, sem muito tempo para poder gastar o dinheiro que ganharia com a FG e seu codinome seria Aleph, que, segundo o escritor argentino Jorge Luís Borges que no livro intitulado O Aleph, cita este local que é um ponto de onde se pode ver todos os outros pontos do universo, o Aleph.

Voltando ao presente, um grupo descobre a central da FG e resolve a invadir. Aleph, está sozinha na central e tem que se virar para escapar dos invasores. Inicialmente ela somente foge e consegue derrubar um deles usando as defesas da central, mas aos poucos ela começa a pensar e agir, como ela deveria ter feito desde o começo.Aleph (Medium)

Usando sua inteligência e os sistemas de defesa da central, ela mata mais dois e deixa um vivo para interrogatório.

Frequência Global #12 – Desenhado por Gene Ha

Última edição. Um protocolo de extinção em massa há muito esquecido pelo governo americano se reativa e a FG tem poucas horas para salvar a cidade de Chicago. Os protocolos Die Back basicamente se referem a reduzir a população humana a níveis controláveis. Para isso, o governo americano usou de várias missões secretas ao espaço durante a Guerra Fria para lançar diversos satélites armados com arpões cinéticos que são basicamente grandes barras de carbono hiperdenso que lançadas do espaço para a Terra, se super aquecem na reentrada sem quebrar e se chocam contra o planeta a centenas de milhares de kilometros por hora, detonando uma explosão de força atômica, sem os efeitos da radiação residual. Nossa, parece aquela edição dos ataques meméticos, ficar explicando os detalhes das coisas causam dor de cabeça.

Chicago

A estação terrestre que acordou um dos 95 satélites com os harpões fica em Chicago e está mandando ele mirar na própria estação, que é protegida por soldados americanos que tem ordem de matar qualquer um que tente entrar no local, sem a possibilidade de uma contra ordem em até 3 semanas, quando eles reabrem contato com o mundo exterior para receber novas ordens.

Miranda monta um grupo de ataque a estação, que fica em um prédio comercial de Chicago, enquanto Aleph contata uma empresa que faz lançamentos experimentais ao espaço, para colocar um homem no satélite e detonar ele caso a operação terrestre falhe. Miranda lidera o grupo terrestre que é surpreendido pelos soldados que simplesmente explodem o andar inteiro do prédio levando o transmissor com eles.

Chicago2 (Medium)

Sobrou para o solitário astronauta, que não consegue armar a bomba graças a um fusível defeituoso. Ele, usando-se da própria caixa de força de seu traje, detona o aparato e destrói o satélite sem que os outros se armassem.

A edição termina com a simples frase proferida por um dos membros do grupo de assalto de Miranda: Eu desisto!

Pois é assim que termina mais essa mini saga de Warren Ellis, uma leitura que é totalmente indispensável figurando entre os dez melhores quadrinhos escritos por ele, segundo o mais que respeitado site Comic Book Resources. Agora, o que será que eu vou resumir ou comentar para vocês semana que vem?

J.R. Dib

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