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Os Pequenos Perpétuos

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pequenosperpetuostodos

pequenosperpetuosbarnabasTudo começou uma feira de quadrinhos. Neil Gaiman estava autografando Sandman quando alguém perguntou para ele se ele havia visto um desenho muito bom da Morte, feito por uma mulher chamada Jill Thompson. Ele disse que não; pegou o desenho e gostou profundamente. Mais tarde, Jill Thompson apareceu e ele falou que havia visto um trabalho seu e perguntou se não queria trabalhar em um arco de Sandman. Um ano depois surgiu Vidas Breves.

Mas não parou por aí. Jill fez outros trabalhos ligados aos Perpétuos, e um deles é um dos livros de criança mais divertidos e bonitinhos que existe: Os Pequenos Perpétuos.

A história é muito simples: Barnabás perde Delírio e, para encontrá-la, tem de visitar todos os Eternos. Mas todos estão desenhados como pequenas crianças. Por quê? Talvez por ser um livro de criança. Ou talvez seja um livro de criança porque Thompson gostou da idéia dos pequenos Perpétuos. Ou talvez porque eles simplesmente ficam fofinhos assim. Quem sabe?

Esta idéia estética, porém, tem uma fonte certa: Sandman #40 (ou The Parliament of Rooks de Fábulas e Reflexões). Nela Abel conta para o pequeno Daniel a história de como ele e Cain foram para no Sonhar. Só que, como a história se passa no início da existência, ela é contada de forma adaptada para o entendimento de uma criança pequena, e todos são apresentados como infantes.

sandmanmortepequeninos
Morte e Sandman de Sandman #40

Jill, porém, estendeu a idéia, mostrando todos os perpétuos em sua versão pequenina, além de alguns outros personagens, como o corvo Matthew e o Merv, e dos reinos dos Perpétuos (exceto o do Destruição, que está em sua casinha bucólica), todos bem adaptados para uma visita canina.

A narrativa deste livro, por sua vez, é bem divertida, com o senso de humor de Barnabás e com algumas descrições interessantes que tentam se aproximar do jeito Delírio de ser; mas tudo adaptado para o ambiente infantil (inclusive a forma da letra). Portanto, não esperem um texto desenvolvido e intrigante, mas sim um livro infantil que tem o potencial de alegrar um adulto que tenha alguns minutos livres. Vejamos o exemplo de uma fala da Delírio:

-Oh, não – gritou Delírio – Meu au-auzinho se mandou para longe. Ele está todo perdidoso! Deve estar muito assustado. Não tenha medo. Eu vou achar você, Sr. Perdido da Silva Pedra.

E assim ela borboleteou dali em busca de seu mascote.

O livro de Thompson, portanto, é maravilhoso para qualquer criança ler e divertido para um adulto que goste de Sandman e esteja esperando ler uma historia simples, rapida e leve e ver belas imagens em aquarela. Até mesmo a escolha dos personagens centrais da história não poderia ser melhor: Barnabás e a caçula, e muitas vezes extremamente infantil, Delírio.

pequenosperpetuosfim

 

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6 Comentários

  • Diana eu acho que a origem dos Pequenos Perpétuos é mais simples que isso, apresentar os personagens em versões mirins é algo muito comum na cultura pop oriental (mangá por exemplo) e chegou nos Estados Unidos muito antes de Sandman… tanto que a Marvel e a DC já haviam utilizado desse recurso antes.

  • Eu sei que esta idéia é uma comum e que a Jill Thompson tem relação com o estilo mangá, mas no caso dos pequenos perpétuos, a idéia de sua produção teve origem nessa revista citada..

    • Poxa, dei uma procurada mas realmente não consegui achar nenhum lugar vendendo. Nem mesmo na estante virtual o livro existe…

      Achei só na Amazon, mas só versão capa-dura, 54 dólares (sem frete, uns 10 dólares)

      Caso eu passe por uma livraria e ache, aviso.

  • I think youve made some truly interesting points. Not too many people would actually think about this the way you just did. Im really impressed that theres so much about this subject thats been uncovered and you did it so well, with so much class. Good one you, man! Really great stuff here.

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