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O que você precisa saber sobre o Capitão América e não tinha para quem perguntar

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Mais do que um símbolo do imperialismo estadunidense sobre todo o planeta, o personagem criado por Joe Simon e Jack Kirby em 1940 – e publicado em 1941 – foi um fruto de uma época que conseguiu perdurar até os dias de hoje ao ser inserido em conflitos reflexo do mundo real e situações que metaforizavam o contexto social da cultura norte-americana. Este artigo é um breve descritivo do que foi e do que é o Capitão América.

Ascensão e queda

Os Estados Unidos ainda não estavam confirmados na Segunda Guerra Mundial, mas dado ao poder econômico que o país já possuía na década de 1940, após recuperar-se muito bem da crise de 1929, era natural que acabassem participando do grande combate. Sendo assim, no mundo da ficção, um símbolo maior que todo o exército americano foi criado. Ele seria responsável não apenas por lutar contra os considerados inimigos do país como também representaria o “Ideal Americano”, de forma nunca antes feita. Kirby e Simon criaram um herói para uma era de depressão e violência, responsável por enfrentar tudo que era considerado ruim pela sociedade.

O Capitão América era alter ego do pobre Steve Rogers. Patriota e cheio de vontade o garoto queria ajudar seu país na guerra mas não tinha porte físico para isso. Sendo assim aceitou ser submetido a um experimento com o soro do supersoldado, o que lhe tornaria um perfeito estrategista e combatente dos Estados Unidos.

Em dezembro de 1940, com data de março de 1941, saía nas bancas americanas Captain America Comics #1, da Timely (futura Marvel). Era o início de uma nova era nos quadrinhos, que valorizava ao máximo o natural patriotismo dos americanos. Com isso o Capitão enfrentou nazistas, japoneses, monstros e outras coisas sinistras, tendo na maioria das vezes o temível Caveira Vermelha por trás dos acontecidos. O Caveira era o grande contraponto do herói – o vilão respondia diretamente ao Führer e comandava tropas nazistas em ataques pelo mundo. Obviamente tornou-se o arqui-inimigo do Capitão.

Kirby e Simon aproveitaram a onda de sidekicks criada com Batman e Robin pouco antes para colocarem um parceiro mirim para sua nova criação. Foi assim que nasceu Bucky Barnes, um rapazola que ajudava o Capitão em suas missões contra o nazismo.

Com o final da Segunda Guerra o personagem foi perdendo o poder e suas histórias, por muitas vezes, beiravam o bizarro e sobrenatural. No fim das contas ele acabou sendo deixado de lado. Mas logo voltaria – e com tudo!

Retorno triunfal

A Guerra Fria estava dividindo o planeta em dois lados: o capitalismo do ocidente e o comunismo do oriente (proposto principalmente pela União Soviética). Stan Lee dava vida ao recém criado universo Marvel junto do “rei” Jack Kirby, Steve Ditko e tantos outros colaboradores naquela época, e o retorno do Capitão América era a peça que faltava para Os Vingadores, grupo de super heróis recém criado por Lee. Sendo assim, em 1964, num dos primeiros retcons da história, Lee e Kirby trouxeram o Capitão de volta explicando que seu corpo ficara congelado no Ártico e agora estava reanimado, sem nem um envelhecimento – fruto do soro do super soldado que corria em suas veias.

Foi nessa época também que Lee recontou a origem do Capitão América. Mesmo sendo muito fiel à história original (foi colocado em seu corpo um soro de super soldado que transformaria um franzino coitado no soldado mais perfeito já concebido), a origem soava como novidade para toda uma geração de leitores.

Reencontrando-se com vilões como o Caveira Vermelha e fazendo parcerias mais uma vez com Nick Fury (ainda sem o tapão no olho) o Capitão funcionava perfeitamente para aquela nova geração de leitores que se divertia com o jeito Lee de contar histórias em quadrinhos: mais próximas do leitor, com conflitos verdadeiros e narrativa mas calcada na nossa realidade. Foi a partir daí que o Capitão América realmente começou a transcender eras da modernidade. Não demorou para que ele ganhasse o título próprio Captain America.

Tempos difíceis na América

Antes dos sombrios combate políticos que se seguiram nos fins dos anos 1960 e por todas as duas décadas seguintes o nosso herói fez uma parceria ainda lembrada até hoje – e utilizada até hoje também. Logo Captain America tornou Captain America and the Falcon devido a chegada de Sam Wilson, o Falcão, que veio em momento perfeito. Numa época em que Martin Luther King lutava pela igualdade racial era a atitude mais certa colocar um negro no mesmo patamar do maior símbolo da América.

Foi a partir daí que o teor político do Capitão América, que sempre fez parte de sua criação, tornou-se não somente mais ativo como também passava a dar mais credibilidade para um público de opinião formada e muito questionador. E estas mudanças estavam apenas começando.

Os anos eram os 1970 e Richard  reinava sobre a América. Aos poucos seu governo foi colocado em dúvida por pensadores e jornalistas, não demorando para que o famigerado Caso Watergate fosse revelado e colocasse Nixon pra fora do comando do país. Em meio a uma época de dúvida do Sonho Americano o escritor Steve Englehart utilizou de sua característica crítica e reflexiva para criar o arco “Império Secreto”, junto do desenhista Sal Buscema. A dupla contextualizava o herói em todo o descrédito que Nixon passou à população e enfrentou a corrupção de seu país pela primeira vez.

Em Império Secreto, o “bandeiroso” teve que lidar com um presidente controverso e atitudes duvidosas de seu próprio governo, até inserir-se numa conspiração que culminou num embate entre ele e o próprio presidente americano (cujo rosto foi escondido para evitar que a Marvel fosse acusada que denegrir ainda mais a imagem de Nixon), fazendo com que este desse um tiro na cabeça. Um novo presidente foi colocado em seu lugar, escolhido pelos próprios superiores da conspiração. Ele então colocou uma máscara idêntica ao rosto do presidente que suicidou-se, fazendo com que o povo americano nem soubesse da troca e dos ataques com o Capitão América. Trama inteligente e muito bem bolada, a história ainda é uma das favoritas dos fãs.

Como se tantas coisas interessantes não bastasse a Marvel logo tratou de trazer Jack Kirby de volta para o personagem, que mais uma vez deixou sua marca em sua própria criação trabalhando ainda mais com a paranoia do público em uma conspiração espetacular que começou com a chamada “A América deve morrer”. O arco chamava-se Bomba da Loucura e foi um grande sucesso.

A década seguinte continuou o que fora feito antes de forma muito orgânica. Foi nos anos 1980 que o Capitão fez sua fantástica aparição em A Queda de Murdock (saga do Demolidor, comentada aqui) e seguiu enfrentando uma temática política e sombria em suas histórias solo. O autor Mike Gruenwald assumiu o texto em 1985, permanecendo até 1995. Fã assumido do Capitão, Mike sabia bem a quantidade de mensagens que poderia passar através deste “veículo” e não economizou esforços para mostrar um Capitão muito ativo e questionador.

Foi desta personalidade cheia de vontade e idealismo que surgiu o Agente Americano, novo alter ego de Steve Rogers que mostrava o total descontentamento dele com atitudes recentes do governo americano. Rogers viu-se numa encruzilhada pois o governo não gostava das ações dele como Vingador e lhe obrigou a agir somente son ordens dele. Obviamente ele não iria se submeter a isso e tratou de criar uma nova identidade tão patriótica quanto a anterior. Reuniu-se novamente com o Falcão e chamou ainda o Nômade e Demolição para a formação de um grupo que lutasse exclusivamente pelos ideais do povo americano.

Gruenwald ainda estava cheio de ideias e criou personagens que ficaram eternizados no mito do Capitão, tais como Ossos-Cruzados e Apátrida. A verdade é que Gruenwald conseguiu enxergar além dos outros escritores e tratou o psicológico de Steve Rogers como jamais ocorrera antes. Além do grande contexto em que o herói era colocado sua mente também era admirada e identificada por leitores.

Temíveis anos 1990

A qualidade dos textos de Gruenwald começavam a cair e logo algumas loucuras foram feitas com o herói. Numa época em que atletas eram pegos cada vez mais nos exames de dopping o soro do supersoldado tornou-se um problema e então o autor imaginou algo bizarro: o soro começaria a parar de ter efeito e o herói então entrava numa fase de definhamento do corpo. Deu-se origem ao Capitão América metálico.

Tony Stark (o Homem de Ferro) criara uma armadura idêntica ao patriótico uniforme do Capitão para o amigo Steve usar, mas a rejeição foi grande. Era hora de Gruenwald saiu e dar lugar a alguém com novas ideias. Este alguém era Mark Waid.

Waid já era renomado por seus trabalhos na DC Comics (Flash e Reino do Amanhã), além de ser o escritor com maior conhecimento sobre os quadrinhos americanos de todos os tempos. Numa fase tão boa da carreira era óbvio que ele fosse escolhido e ao seu lado estava o talentoso artista Ron Garney. Waid trouxe de volta elementos clássicos como o Caveira Vermelha e a Sharon Carter, a amada de Steve que supostamente morrera numa história dos anos 1970.

O autor construiu uma história que envolvia novos soldados nazistas numa tentativa surreal de erguer um novo Reich e obrigou o Capitão a aliar-se com o Caveira numa parceria sem precedentes. Além disso, o próprio vilão doou parte de seu sangue (que também tinha o soro do supersoldado) ao herói para que ele não continuasse no terrível estava em que estava. Os dois tentavam obter o Cubo Cósmico, um dos artefatos mais antigos e importantes do Universo Marvel, que estava nas mãos de Adolf Hitler. O Capitão queria evitar que uma arma capaz de mudar a realidade continuasse nas mãos do Führer enquanto o Caveira tinha seus próprios planos.

Foi com Mark Waid também que o Capitão América acabou considerado traidor do país devido à sua parceria com o Caveira e foi expulso do país por Bill Clinton (presidente na época). Novamente vendo seu país estar em débito com ele, o herói enfrentou outras aventuras muito elogiadas até morrer na saga Massacre.

A morte dele e de vários outros heróis Marvel enfureceram os leitores e fez a editora criar universos paralelos com todos os mortos em quatro séries novas sob o selo Heróis Renascem. Os grandes nomes da Image Comics foram chamados e então o controverso Rob Liefeld assumiu o novo Capitão América junto de Jeph Loeb. A nova fase irritou os fãs ainda mais, obrigando Rob a deixar o título antes da hora e ser rapidamente substituído por James Robinson no texto e outros desenhistas.

No fim das contas o Capitão voltou e uma nova fase teria início para o novo milênio.

Linha Ultimate

A linha Ultimate Comics foi uma ideia da Marvel de fazer um universo mais centralizado, novo e totalmente atualizado para o novo público. Completamente à parte da cronologia oficial da editora, o Universo Ultimate deu vida a um Capitão América extremamente bélico e muito mais real que o original, graças ao escritor Mark Millar.

Este novo Steve Rogers tinha um passado muito semelhante ao original, mas teve uma personalidade mais dura e crível, além de tomar decisões como um militar de verdade para o mundo atual. Líder dos Supremos, uma versão paralela de Os Vingadores, este Capitão América tornou-se um ícone popular nos Estados Unidos na década passada e é mais nele do que no original que o vindouro filme do personagem se baseia.

Atentado que saiu pela culatra

O atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 obrigou a Marvel a fazer algo a respeito. No entanto a editora não escondeu o descontentamento com decisões equivocadas do presidente americano na época e tratou de criar uma grande conspiração terrorista, cuja culpa era dos próprios Estados Unidos.

O Capitão América protegia os árabes dos americanos revoltosos e toda esta justiça irritou os leitores. Em menos de um ano o escritor John Ney  foi obrigado a deixar o cargo, dando lugar ao terrível Chuck Austen. Uma nova fase precisava começar urgentemente.

Brubaker, morte e renascimento

A chegada de Ed Brubaker ao título do Capitão América em 2005 trouxe de volta o cerne do herói como há muito não se via. O escritor, ao lado do excelente desenhista Steve Epting, conseguiu resgatar detalhes e conceitos da primeira década de vida do personagem e contextualizá-los com o mundo atual, em especial com a ameaça terrorista, armas avançadíssimas e conspirações governamentais.

Numa época em que o anti americanismo espalhou-se pelo mundo todo com o criticado governo de George W. Bush e a Guerra do Iraque, o Capitão América mais uma vez fez valer seu senso de liderança e o sonho da paz, ideais que estão muito acima da bandeira que veste. Foi nesta fase que Bucky Barnes foi oficialmente trazido de volta à vida, de uma forma tão surpreendente que mesmo os maiores críticos das constantes ressurreições dos quadrinhos americanos ficaram empolgados.

O Soldado Invernal foi um conceito que reverteu todo o saudosismo de Steve Rogers para com seu antigo parceiro em vilania e debate. Bucky havia sido recuperado por russos da queda no avião que supostamente havia lhe matado e tornou-se uma arma de guerra comunista. Possuindo um braço biônico com uma estrela vermelha pintada Bucky sofria constantes lavagens cerebrais e permanecia em animação suspensa a maior parte do tempo, acordando apenas para executar missões programadas. Com o passar das décadas tudo isso enfraqueceu e aos poucos ele começou a agir por conta.

Não demorou para que os dois ficassem cara a cara num dos melhores encontros produzidos nas últimas décadas de quadrinhos, em uma conspiração tão bem montada por Brubaker e seu roteiro fragmentado que o clímax atingido foi suficiente para lhe garantir dois prêmios Eisner seguidos por este trabalho. A espiral de dúvida de Roger superou qualquer idealismo, num tratamento adulto e complexo do escritor para com o personagem.

O retorno de Bucky não mostrou apenas uma nova faceta para antagonizar o Capitão América, como também derrubou por completo a aura de inocência que permaneceu com ele por anos e anos: Bucky fazia o serviço sujo para o Capitão América nos dias de Segunda Guerra Mundial. Enquanto o Capitão não mata, Bucky o fazia sem pestanejar, assassinando inimigos na surdina com degolações e tiros à queima roupa. O Bucky simplista dos anos 1940 havia desaparecido para sempre.

Foi seguindo esta linha que Brubaker aceitou ir na direção proposta pela Guerra Civil (de Mark Millar) e assassinar Steve Rogers, fazendo a redenção de Bucky se completar ao vestir nele o manto de Capitão América. Por mais que muitos tenham torcido o nariz para a decisão do autor, ele logo foi aclamado, pois convenceu todos de que o Capitão poderia ser outra pessoa.

Obviamente o fato não durou tanto tempo e logo Rogers foi trazido de volta na minissérie Capitão América: Renascimento, com texto do próprio Brubaker e arte de Bryan Hitch e Jackson “Butch” Guice. Vocês podem ler mais detalhes sobre ela aqui no Ambrosia clicando aqui. A minissérie saiu recentemente no Brasil e foi sucesso de crítica e público bem como aconteceu nos Estados Unidos um ano antes.

Enquanto isso, lá fora, uma nova série do personagem começa, mais uma vez sob direção de Brubaker, e já vem sendo esperada com altíssima expectativa. Steve Rogers está de volta no momento perfeito: com o filme saindo, as pessoas mais curiosos podem comprar seu material novo sem preocupação nenhuma. E com isso o legado deste grande herói continua mais vivo do que nunca!

Até o final de semana falaremos um pouco mais sobre o Capitão citando algumas histórias importantes e refletindo um pouco mais sobre este herói que é muito mais do que a bandeira faz parecer.

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3 Comentários

  • bubraker é sem duvida quem melhor soube trabalhar com o personagen nos dias atuais ,pena que este longo tempo a frente da revista esta começando a corroer suas bases esta na hora de passar o bastão , a fase de steve englerhart é brilhante por fazer o personagen interagir com toda aquela convulsão social e politica que acontecia na america dos 70,jmm de matteis é outro com um trabalho brilhante a frente do personagen que o marcou para sempre ,mark gruenwald eu passo longe .

  • Só duas correções:

    1ª) A identidade que o Capitão América adotou quando o Governo o proibiu de usar este nome não era a do Agente Americano. Steve Rogers, quando criou aquele uniforme preto com listras horizontais, passou a ser conhecido simplesmente como “O Capitão”. Enquanto isso, outro cidadão, cujo nome me escapa agora, virou o C.A., sob o voto de obediência cega à Presidência.
    Depois de várias aventuras sob o novo codinome, Steve conseguiu de volta o direito de não obediência cega e ganhou sua identidade heróica de volta, num duelo com seu substituto, que não queria largá-la. Como prêmio de consolação, o cara ganhou de Steve o uniforme preto e, aí sim, assumiu o nome de “Agente Americano” (USAgent).

    2ª) O evento “Heróis Renascem” não foi uma resposta à morte dos Vingadores e do Quarteto fantástico no “Massacre”: foi uma seqüência direta deste. O plano da editora era desde o início “matar” os personagens, colocá-los nesse universo paralelo durante um ano (durante o qual dariam um “reboot” em suas origens e recontariam suas histórias mais conhecidas com “nova roupagem”, para atrair mais leitores) e retorná-los ao universo original (onde, estranhamente, suas novas origens deixariam de valer).

    De resto, belo artigo! Deixei de ler gibis de super-heróis faz uns quinze anos, e gostei de ler esse resumo. Por sinal, não vi o filme ainda e fiquei surpreso de saber que o “Soldado Invernal” era o Bucky!

    (Muito embora tenha também ficado chateado. Putzgrila, o pessoal de hoje não pode ver nada mais “alegrinho” das décadas passadas, que logo pega, faz uma “retcon” e transforma em algo depressivo, sinistro ou violento, o popular “grim and gritty”. Que saco!)

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