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Intérprete do Seu Barriga comenta a história do acidente aéreo com elenco de Chaves

Chaves é uma das séries mais amadas da TV no Brasil e América Latina. A popularidade de Chaves, Quico, Chiquinha, Seu Madruga é inegável. Por isso quando algum integrante do elenco da série produzida no México nos anos 70 aporta por aqui, causa alvoroço. Com era de se esperar, o painel da Geek & Game Rio Festival 2018 com Édgar Vivar (o Seu Barriga) e Ana de la Macorra (a Paty), mediado por Cid Cidoso, foi o mais concorrido do primeiro dia de evento. No papo, foram abordadas algumas curiosidades sobre o seriado.
Entre as perguntas feitas pelo mediador, uma gira em torno da lenda que correu nos anos oitenta de que todo o elenco teria morrido em uma queda de avião. Edgar contou que a turma do Chaves foi convidada a vir ao Brasil. Só que ninguém falava português. “Todo o show foi traduzido e foi gravado o áudio. Então todos os atores fingiram falar português. Ensaiamos, mas ficou muito frio. Ficou chato, na verdade. Então o Roberto Bolaños decidiu: ‘não iremos nos apresentar no Brasil até que todo mundo fale português.’ Só que já haviam pagado adiantado a metade do dinheiro. Então ele pagou a todos e também ao empresário brasileiro pela ausência do elenco. Porque Chaves era um sucesso. O público brasileiro achava que toda a turma do Chaves era brasileira. Não havia internet na época. Então veio o boato de que o avião com toda a turma do Chaves vindo para o Brasil caiu e todo mundo morreu.”, contou.
Outra questão levantada foi o relacionamento de Dona Florinda e Professor Girafales. “Sempre havia uma tensão entre eles, e essa tensão mantinha a atenção de todos nós.” O mediador fez uma brincadeira: “eu acho que a Dona Florinda tinha um fetiche estranho, porque não tem explicação, o são dois solteiros e ficam só no ‘vamos tomar uma xícara de café’“. Édgar lembrou que apenas em dois episódios o Professor Girafales pegando a tal xícara de café.
Édgar também foi perguntado por Cid por que a esposa do Seu Barriga nunca aparecia. “será que ele tinha vergonha da mulher dele?”, brincou. O ator contou que Roberto sempre criava um universo para cada personagem. Em espanhol tem uma gíria como jogar uma corda para depois resgatar. A Bruxa do 71, por exemplo, tinha uma história. A única história realmente planejada para ser contada era a do pai do quico. Como os spin offs de Star Wars. dava para fazer um seriado só do Seu Madruga. A bisavó da Chiquinha tinha muita história. No caso do Seu Barriga, ele era casado com uma espanhola e isso poderia ser explorado mas para frente. O seriado fez muito sucesso quando estreou por lá, era uma possibilidade de falar do país. “Estava tudo friamente calculado”, brincou Édgar.
Cid fez piada com a imutabilidade temporal do seriado pois o Seu Madruga está sempre devendo 14 meses de aluguel. Edgar lembrou que na verdade ele pagou dois meses em 25 anos. E também explicou que na comédia as pessoas gostam da repetição de situações esperadas. Um exemplo é o fato de o Seu Barriga ser sempre recebido com uma pancada quando chega à vila. “Foram dois ou três episódios que a pancada veio depois (risos).” Quando perguntado se já levou alguma pancada de verdade durante as gravações ele afirmou que aconteceu algumas vezes
Ana lembrou de sua personagem Paty, a paixão de Chaves e Quico. Édgar explicou que é o contraste que provoca a comicidade era usado no contexto em que Paty entrava em algum episódio. Quico e Chaves eram apaixonados por ela, que representava o ideal, e do outro lado estava a Chiquinha. Isso é que provocava risadas.

O segredo do Chaves: Ele mora no 8?

E afinal, onde mora o Chaves? Essa pergunta que todo mundo se fazia também foi colocada no painel. Em alguns episódios o personagem dizia que morava na casa 8 e quando ia dizer com quem, era sempre interrompido. Édgar explicou que se tratava de mais um truque de Bolaños. Era uma alusão ao canal oito do complexo de TV mexicano que veio a se tornar a Televisa. “Se você assiste cuidadosamente, não há o 8 na numeração das casas, era totalmente aleatório isso.” Já o barril era uma espécie de escape do cenário. Era uma forma de o personagem se ausentar da cena. “O público sabe que ele está ali, ouvindo o que acontece, mas sem ser visto.”

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