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Mesmo em temporada fraca, “Damages” ainda é uma das melhores séries da TV americana

Damages é sem dúvida alguma, uma das melhores séries da TV americana, surgida no boom de séries magistrais que inundaram a TV e relativizaram o cinema como única fonte de experimentações e inquietações dramatúrgicas. Fora que foi o programa que entregou a grande Gleen Coose uma personagem a altura da monstruosidade classicista de Ligações Perigosas com sua altiva e nada caricata Patty Hewes, uma advogada tão bem sucedida como propensa a camadas muito bem construídas de personalidades, sob a áurea de uma severidade quase gráfica.

A série possui uma narrativa irresistível, como se começasse de trás para frente e assim desnivelando tramas cheias de intrigas e sacadas com tempo, indo do presente para o futuro (e, as vezes, até o passado) para nos deixar sem unhas.

O grande e preponderante trunfo do programa é a relação de Patty com sua subordinada (que, para quem já está na temporada atual, já virou parceira profissional um tanto questionável) Ellen Parsons (interpretada por Rose Byrne). Existe uma tensão emoldurada por um misto de admiração, ódio e disputa que só cresce e se fortalece a cada temporada. Muitos dos enfrentamentos psíquicos que a história evoca é pautada no antagonismo (ou não) dessas duas.

Nesta volta, depois de quase um ano, para a quarta temporada, depois de três impecáveis, Damages (agora com 10 episódios) nos mostrou uma história a cerca de uma conspiração de uma empresa privada que atua no Oriente Médio dando suporte às ações da CIA.

A trama se pauta bem nos “esquemismos” conhecidos da série, o que denota um leve ranço de desgasta. O bom do programa era que, mesmo com a estrutura fincada na “marca”, a força de sua história e roteiro garantia o fator surpresa da proposta. O problema é que nesta última temporada, o roteiro foi apenas correto, o que conferiu um ar de mesmice a tudo, principalmente para quem acompanhou as espetaculares primeiras temporadas.

Porém, Damages é tão boa, mas tão boa, que virou refém de sua genialidade: esperaremos ansiosos pela quinta season ano que vem… Não por vir de uma temporada ruim, mas aquém da força narrativa e dramatúrgica que a fizeram ser o que é.

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