Magma, seiva, esperma, vida microscópica, o universo cósmico, a superfície de um planeta que pode existir dentro de você… A série Soap Films, da fotógrafa Jane Thomas, nos remete a uma energia fluida e nos agita: “é tão bonito!”
O impressionante é que a obra de Jane não seja pintura ou arte digital mas simplesmente fotografias macro de sabão e água. A artista faz bolhas de sabão e esse resultado alucinante que vemos são os zooms que ela dá no líquido que fica naquele suporte de fazer bolha de sabão.
Essa série me ressalta, me faz perceber que a Arte pode tudo. Qualquer banalidade quando “transvista” pelos olhos de alguém (a Jane Thomas, eu, você, a Tarsila do Amaral ou um desconhecido) nos traz a brisa fresca de uma criação de Arte.
Ora, o mundo está aí, por que brincamos tão pouco com ele? Por que experimentamos tão pouco com coisas tão simples? Manoel de Barros estava atento e nos aconselhou:
“[…]É preciso desformar o mundo:
Tirar da natureza as naturalidades.
Fazer cavalo verde, por exemplo […]”
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