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A Faxineira (2022), série com uma premissa ambiciosa, mas uma execução confusa

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Uma médica se muda para os Estados Unidos buscando um tratamento para seu filho doente. Porém, o sistema norte-americano falha com ela, obrigando a moça a se esconder. Recusando-se a perder e ser marginalizada, ela se torna faxineira para a máfia, jogando com suas próprias regras.

Análise

A Faxineira até possui uma narrativa ambiciosa . Pena que não consiga desenvolvê-la a contento. Isso não quer dizer que não possa melhorar, mas sua superabundância de ideias e detalhes não classifica a série como uma história de crime ou um drama familiar, ou mesmo uma maneira de dar voz e poder para aqueles que carecem de ambos.

O efeito geral é confuso, mas pelo menos é reforçado por uma protagonista convincente, algumas dinâmicas interessantes e uma premissa madura.

A premissa, no caso, traz a protagonista Thony (Élodie Yung, Demolidor ) como a faxineira do título. Uma imigrante cambojana, clandestina no país, cujo filho, Luca (Sebastian e Valentino LaSalle), tem uma rara imunodeficiência, e sua herança cambojano-filipina, além do status de sua família, arremessa uma situação difícil de resolver por meios convencionais.

Mal paga pelos serviços e morando com a cunhada Fiona (Martha Millan), recebe uma oferta melhor na forma de Arman (Adan Canto), um mafioso bonito que imediatamente se interessa por Thony, oferecendo um emprego na limpeza de cenas de crime, festas ilícitas e qualquer outra coisa que os criminosos precisam.

Quando está sendo um drama criminal, A Faxineira (The Cleaning Lady) é interessante, mas previsível e excessivamente familiar, cheio de arquétipos e reviravoltas de enredo obrigatórios. Quando é um drama familiar, é tocante pelo design óbvio, como se estivesse relutante em desenvolver Thony ou qualquer um de seus parentes como moralmente ambíguo.

É uma pena, pois enquanto a protagonista é relativamente protegida por sua importância para a ação criminal e médica, Fiona seria uma personagem melhor para tratar sobre família e imigração.

Apesar de todas as reviravoltas que a série apresenta, em si o conceito é estranhamente contido. Ele se desenvolve e convence até bem, mas acaba em um terreno meio inóspito de muitas séries que não são tão odiáveis ​​quanto simplesmente esquecíveis.

Ainda assim, é difícil não gostar de A Faxineira. A execução da ideia definitivamente não está isenta de problemas, mas a ideia em si vale a pena: uma tentativa de abordar os problemas ​​dos desprivilegiados, apresentando um personagem que fala por eles e não tem medo de fazê-lo assertivamente na frente dos que estão no poder.

Nota: Bom – 3 de 5 estrelas

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Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

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