AcervoCríticasGames

Revivendo um clássico em Alex Kidd in Miracle World DX

Compartilhe
Compartilhe

Alex Kidd in Miracle World foi o primeiro jogo de muitos que aqui estão lendo esse artigo. As músicas, as batalhas de pedra, papel e tesoura são lembradas por cada um, com certeza, nesse que é considerado um dos jogos mais icônicos do bom e velho Master System (TecToy e SEGA). São 35 anos que separam de seu lançamento aos dias de hoje, e libertar Áries e derrotar Janken era o objetivo de tantas horas jogando.

Era um jogo em plataforma 2D, destaque para a sua dificuldade, e sua popularidade foi tão grande que Alex Kidd acabou tendo mais seis jogos. E retorna como um remake chamado Alex Kidd em Miracle World DX, e nesta análise dizemos se vale a pena ou não.

Análise

Disponível para PS4, XBOX ONE, SWITCH, PC, PS5, XBOX SERIES X, XBOX SERIES S

Após o anúncio, o título foi obtido para nossa nostalgia e nosso deleite. Como tratamos acima, Alex Kidd em Miracle World não foi um jogo simples e, para o bem ou para o mal, o remake parece manter isso. Alex Kidd em Miracle World DX não é fácil, mas soma melhorias aos controles e uma opção para ativar ‘Infinite Lives‘, o que deve tornar a experiência mais acessível.

Mesmo para quem já jogou a precisão dos comandos ainda são difíceis. Por exemplo, dependendo de quanto tempo pressionamos o botão de pular, o pulo será mais alto. Considerando que temos plataformas para superar, cada salto exige uma precisão quase perfeita, às vezes é difícil determinar o quanto devemos pressioná-lo para fazer o salto. Obviamente é uma questão de prática, mas para um novato pode ser muito frustrante.

O que ajuda são as várias ferramentas à disposição para tornar a experiência em cada nível muito mais gerenciável. Em cada mundo, encontraremos dinheiro que podemos economizar para gastar em itens consumíveis e veículos que permitem que iniciemos o nível com uma vantagem. Por exemplo, comprando um anel que permite atacar à distância ou uma scooter com a qual podemos atropelar seus inimigos. O ponto aqui é que morrendo, perde os itens, então sua única chance de tê-los novamente é reiniciando aquele nível desde o início. Mas os níveis são muito pequenos, alguns duram pouco mais de um minuto, então não perdemos muito tempo se decidir reiniciar.

Estilo e novos modos de jogo

Alex Kidd em Miracle World DX é um remake em toda a extensão da palavra, pois além de oferecer um estilo visual totalmente renovado, também oferece dois novos modos de jogo.

O primeiro deles é conhecido como Boss Rush, é um modo que permite enfrentar todos os chefes do jogo, deixando de lado qualquer nível intermediário. Infelizmente, os chefes são os mesmos, então não espere novos ataques ou padrões de movimento alternativos.

Por outro lado, temos o Modo Clássico, que permite que experimente Alex Kidd no Miracle World tal como foi lançado. Ou seja, mantém o mesmo nível de design, os mesmos inimigos, os mesmos controles e os mesmos diálogos que o jogo para o Master System de três décadas atrás.

Agora pulando para o visual, o remake reconstruiu o título original do zero para adaptá-lo ao nosso tempo. Como resultado, temos esses sprites incríveis, cenários com animações detalhadas e um design de personagem muito marcante.

Outro fato curioso é que neste remake é possível alternar entre os gráficos clássicos e os remasterizados com o apertar de um botão. Na verdade, é possível alternar para o modo de jogo completo, sem precisa acessar um menu ou reiniciar o jogo para que as alterações tenham efeito.

A experiência do jogo

Independentemente de estarmos falando de uma produção AAA ou indie, o jogo em si oferece uma experiência sem tanto bugs e glitch visual, como outros títulos.

Ao comparar com o primeiro, o clássico, Alex Kidd em Miracle World DX, é uma boa surpresa, em sua essência como um jogo de plataformas em toda a extensão da palavra, com uma margem muito limitada para cometer erros, onde cada nível será um teste definitivo de tudo o que aprendeu ao longo do jogo e em o que toda morte vai te ensinar algo.

Para quem é fã do gênero, podemos dizer que vale a pena conferir esse remake. Se o gênero é novidade, pode não ser uma boa ideia começar aqui por causa do quão desafiador pode ser, mesmo com o modo de vidas infinitas.

Para concluir, parabenizamos a Merge Games pelo envolvimento do desenvolvimento do jogo e recomendamos Alex Kidd no Miracle World DX para quem procura um novo desafio e para quem não perde a paciência rapidamente.

Nota: Excelente – 4 de 5 estrelas 

Compartilhe
Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

1 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos

“A Vingança de Cinderela” não se destaca na moda de contos de fada de terror

Nos anos 2010, espalhou-se uma tendência que pode ser vista até hoje...

Os Fantasmas Ainda Se Divertem se apoia em Michael Keaton para funcionar

Foram 36 anos de especulação sobre uma continuação de “Os Fantasmas Se...

Gakusei desu Let’s School

O reitor da nossa antiga escola vai sair de férias pelo mundo...

Coringa: Delírio a Dois é deprimente, monótono e arrastado

Nos anos 1970, Monty Python escreveu um esquete chamado Adventures of Ralph...

Coisas estranhas em Unusual Findings

Findings Ambientado em alguma cidade não tão próspera no interior dos Estados...

A força do espetáculo ‘Em nome da mãe’, de Suzana Nascimento

Dessa vez não será em nome do pai, do filho e do...

Crítica: Hellboy e o Homem Torto é tão terrível quanto parece

O gênero “trash” foi muito segmentado nos anos 80 com produções como...

Crônicas da cabeça a prémio em Skelethrone: The Chronicles of Ericona

Está bem, eu sei que tem público pra tudo e que uma...