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Samuca e a Selva se apresentam no Mundo Pensante

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Foto: Camila Cicolo
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Samuca e a Selva deram um espetáculo rebolativo por mais um ano no Mundo Pensante. O Samuel Samuca, vocalista e algumas vezes flautista da big band estava sem o seu famigerado bigodinho devido a uma promessa que fez para o título do São Paulo na Copa do Brasil, mas sua famosa pelve solta estava em dia e por mais de uma hora e meia testou a resistência do pequeno palco do Mundo Pensante junto com todo o grupo com diversas danças, pulos, coreografias de dar inveja ao mais assíduo usuário do TikTok e um show que respondeu à expectativa.

Falando em resposta, sobre o show, teve uma pergunta que me fizeram diversas vezes: tá, mas o que eles tocam? E eu só conseguia responder “sei lá, tocam na alma”. É uma mistura de caliente com arretado, um pouco de cumbia, com um talvez miami bass, prefiro, realmente, não me arriscar, só sei com certeza que é uma mistura que até liquidificador vira uma palavra que te dá vontade de balançar o quadril em movimentos sexys e sem medo de ser feliz.

Foto: Camila Cicolo

As coreografias são um caso à parte, sabe aquele momento da sua vida que você se vê numa carroça de uma S10 no meio da Praia Grande reproduzindo os movimentos de algum dançarino ouvindo um axé clássico dos anos 90? (Muito específico) Mas é um sentimento próximo desse, você tá ali, seu braço sobe junto, sua pelve, você faz o ombrinho, você até sorri junto, a única diferença mesmo fica por conta do instrumental. 

É impossível reproduzir o som que o coletivo multi instrumentalista e multi muita coisa fez naquele palco, cada instrumento tinha seu momento de destaque e era complicado de segurar o rebolado, mas quando juntava, borbulhava, a qualidade musical é algo que impressiona, mesmo sendo escondida pela efusão, animação, é o que dá o tom para despertar tantos sentimentos, é tão bom que parece fácil de fazer, parece fácil de dançar junto, de ser leve, de ser alegre, tudo muito natural.

Foto: Camila Cicolo

E eles estavam se sentindo em casa, Samuca repetiu isso algumas vezes e nem precisava, o tempo parou no palco para eles, não pareciam ter hora para acabar e ao mesmo tempo passou super rápido, mais de uma hora e meia de show onde tudo estava encaixado. E quanto mais próximo do palco, (isso graças à produção e principalmente à produtora Fernanda Espinosa, obrigado novamente) mais dava pra perceber. Um exemplo aconteceu logo no começo do show, o microfone tava insistindo em desencaixar, o Samuel fez a magia de cantar, dançar, encaixar o microfone girando rapidamente enquanto balançava a pelve e tudo isso sem ninguém perceber, sem a música parar.

Foto: Camila Cicolo
Foto: Camila Cicolo

A sensação é que ela não parou até agora, é efusivo, é amorosa, música com sentimento, que te dá energia para querer mais. Se você ainda não ouviu, escute em todas as plataformas digitais, mas principalmente alongue sua pelve e procure aonde será o próximo show deles.

Aqui, algumas fotos tiradas durante o espetáculo para vocês terem uma ideia do que eu tô falando:

Fotos: Camila Cicolo

​​(Resenha: Gustavo Silva/ Fotos: Camila Cicolo)

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