Em “Aposta Máxima”, tem que saber blefar ou a casa leva tudo

Jogos de azar não são muito populares aqui no Brasil. Talvez por isso seja difícil para o brasileiro entender o fascínio que o jogo pode exercer em muita gente. Se você souber dominar as cartas, entender as probabilidades, chances, há de que poderá sair dali com uma grande bolada, caso não, com as calças na mão. De qualquer forma é sempre bom saber o risco que isso envolve e quais serão as consequências. O Diretor Brad Furman explora essas questões em “Aposta Máxima”.
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Richie Furst (Justin Timberlake) está para se formar em Economia em uma prestigiada faculdade, mas seu histórico não é dos melhores. Ele convence alguns alunos a apostarem em sites online, ganhando assim uma comissão por cada aluno que ele consegue. Mas essa atividade ilegal chega até aos ouvidos do Reitor que o repreende e dá-lhe um ultimato, ou ele para com aquilo ou não poderá se formar. Acontece que, diferente dos demais colegas, Richie conta com esse dinheiro para pagar sua educação e sem isso ele não conseguirá terminar o curso. Em uma última tentativa, ele decide apostar todo seu fundo em mesas online de poker e assim dobrar seu dinheiro. Mas, algo estranho acontece e ele perde tudo. Richie tem certeza de que houve uma fraude e recolhe provas nos laboratórios da sua faculdade para então poder ir atrás de Ivan Block (Ben Affleck), dono do site, que mora na Costa Rica.

Sozinho, em um país estranho, Richie arma um plano e consegue a atenção de Block, que fica impressionado com os conhecimentos do rapaz sobre o funcionamento do site e estatísticas e decide contratá-lo, lhe fazendo uma oferta irrecusável. Deslumbrado com o dinheiro fácil e o status que conquista, Richie pensa ter finalmente encontrado seu lugar ao Sol. Mas, aos poucos, irá descobrir que Ivan é um homem muito perigoso e que pode ter apostado alto demais, sem chance de voltar atrás.
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Com uma atmosfera que lembra clássicos como “Cassino” e “Wall Street” – por também tratar de jogatina e dinheiro – “Aposta Máxima” fica só na promessa. O filme é demasiado longo e mesmo com roteiro interessante, as cenas de ação são fracas ou inexistentes. Furman constrói um filme tecnicamente correto, mas pecou na parte mais importante: a direção de seu elenco.
Com atores de peso como Ben Affleck, Furman, deixou correr solto as atuações, o que ficou meio perdido em alguns pontos. São muitos atores, em diferentes momentos, que necessitam ter um certo destaque, mas não o conseguem. Affleck até consegue se sobressair mesmo que medianamente, pois o personagem principal de Timberlake acaba por ficar um tanto caricato e não se ressalta como deveria. O casal que ele forma com Gemma Aterton é bonito, mas sem química alguma, parecendo apenas bons amigos.
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No mais, é um filme bem finalizado, que blefa com o espectador e que está servindo apenas para alavancar a carreira de Justin Timberlake, que já escolheu papéis melhores como em “O Preço do Amanhã” e “Curvas da Vida”. O mesmo pode ser dito de Ben Affleck.

Estreia nos cinemas em 04 de Outubro.

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