Longa de James Cameron retorna aos cinemas como aquecimento para continuação.
Em dezembro chega aos cinemas “Avatar: O Caminho da Água”, continuação de “Avatar”, sucesso do diretor James Cameron lançado em 2009. Por 10 anos foi a maior bilheteria de todos os tempos, sendo desbancado por “Vingadores: Ultimato”. Só que com o relançamento na China em 2020 – quando o país espantosamente se via livre da pandemia da Covid-19 enquanto o resto do mundo se encontrava em lockdown – recuperou o posto.
Justamente visando aquecer o público para esse segundo filme da franquia, a Disney (atual detentora da Twentieth Century Fox, que agora se chama Twentieth Century Studios) relança o longa original nos cinemas. Inclusive retirou estrategicamente o título do catálogo do Disney+ para que as pessoas assistam à saga do povo Na’ Vi no distante planeta Pandora como se deve: em 3D na maior tela possível.
Deslumbre visual intacto
Na trama de Avatar, o militar paraplégico Jake Sully é mandado para a lua Pandora em uma missão de substituir seu irmão gêmeo morto no programa Avatar. O projeto consiste em conectar a mente de um humano a um corpo humanoide criado em laboratório similar a de um nativo do planeta, para, assim, infiltrar-se entre eles e ganhar sua confiança. Quando se dá conta das motivações questionáveis de seus superiores, Jake fica dividido entre seguir ordens e proteger o povo que o acolheu.
O filme teve sua trama bastante criticada na época de lançamento, tanto pela simplicidade quanto pela falta de originalidade, uma vez que esse mote já fora visto em “Dança com Lobos”, “Um Homem Chamado Cavalo” e “Pocahontas”, para dar alguns exemplos. Assim, os elogias recaíam todos sobre o incrível 3D utilizado, grande responsável pela lotação das salas ao redor do mundo, e que tornou a tecnologia obrigatória no cinemão (mesmo quando o filme nem exigia tanto).
Esse relançamento, é a chance de assistir a Avatar na sua totalidade em diversas localidades do Brasil: em salas IMAX, coisa que naquele verão de 2009/2010 só era possível em São Paulo. E, de fato, as dimensões da tela gigante são um grande aliado do 3D estereoscópico. Mesmo forçando um revisionismo em relação à história, Avatar ainda tem em seu deslumbre visual seu grande trunfo.
O filme ganhou um novo verniz, sendo remasterizado em 4K HDR. Infelizmente isso custou a perda de camadas tridimensionais em cenas que no original traziam 3 ou mais. Devido ao novo tratamento, vemos apenas duas. Ainda assim, é muito superior a qualquer uso de 3D visto de 2010 para cá.
Brinde especial
Para justificar o ingresso, “Avatar” traz como bônus uma cena inédita de “O Caminho da Água” como pós-créditos. Não acontece nada de mais. Apenas crianças e adolescentes Na’ Vi de tribos distintas praticando mergulho e nadando por entre a fauna marítima de Pandora. Vemos meninos de uma tribo mais adaptada à vida subaquática, com uma espécie de nadadeira nos braços e pernas, e utilizando uma linguagem de sinais para comunicação debaixo d’água. Eles caçoam dos azuis que já conhecemos, os Omaticayas (provavelmente são os filhos de Jake e Neytiri), que não são exatamente exímios nadadores. Estes reclamam de não conseguirem ficar tanto tempo submersos.
Um dos garotos Omaticaya pergunta pela irmã, e ela, apesar de não possuir as características dessa outra raça, aparece tranquila nadando no fundo do mar. Essa sequência que não dura cinco minutos é a deixa para termos ideia das profundidade do 3D do próximo filme… e apenas isso.
No aguardo da parte 2
Eu assisti e nao vi essa cena que descreveram e sim um dos filhos salvo por uma “baleia” e eles ambos se ajudam e conversam em ASL. So os dois