NOMADLAND
de Chloé Zhao
O melhor de todos os indicados. Chloé é extremamente sensível e inteligente ao abordar a sensibilidade de um microcosmo norte-americano tão desconstruído do chamado “american way of life“. Sob o olhar iconoclasta de uma Frances McDormand em estado de graça, o filme se abrange sobre o espectador pelo poder da subjetividade do olhar. Filmaço.
JUDAS E O MESSIAS NEGRO
de Shaka King
Eis um registro histórico num filme bastante narrativo, mas que em nenhum momento perde de vista sua dimensão política dentro do espectro social. Com um elenco potente e um direção bastante segura, o filme reflete muito mais do que simplesmente registra. Sobretudo quando ainda se precisa de movimentos como Black Lives Matter!
MEU PAI
de Florian Zeller
Zeller está absolutamente no domínio de sua própria história ao verter para o cinema um texto seu do teatro. E faz cinema. Muito impressionante a maneira como ele torna em imagens subjetividades que versam sobre a própria dignidade de um homem corroído pela demência. Anthony Hopkins tem aqui, a melhor atuação de sua extensa carreira.
O SOM DO SILÊNCIO
de Darius Marder
Há uma precisão na sensorialidade desse filme que é trabalho de veterano. Mas Marder é um diretor novo e é para se ficar de olho. O que ele consegue aqui, junto com impressionante incorporação de Riz Ahmed, é absurdo e profundamente humano.
PROMISING YOUNG WOMAN – BELA VINGANÇA
de Emerald Fennell
A grande surpresa entre os indicados, até por ser o primeiro longa da jovem diretora e atriz (a Camila Parker da série The Crown). Pop, cínica e inteligente, a história é uma fábula aguda sobre o machismo naturalizado na sociedade. Carey Mulligan é de uma catarse tão potente que não existiria filme sem ela. Brilhante.
MINARI: EM BUSCA DA FELICIDADE
de Lee Isaac Chung
Há muita ternura nessa mistura de memória afetiva e olhar agudo sobre a busca pelo sonho americano para uma família de coreanos numa fazenda do Arkansas. As atuações abraçam tanto o próprio filme que seu apelo emocional vira seu grande valor.
OS 7 DE CHICAGO
de Aaron Sorkin
Sorkin segue sendo um roteirista muito melhor que diretor, e seu filme deixa isso claro. Enquanto reverberação histórica é brilhante. Como narrativa, segue preso aos ditames da palavra, quando deveria ser cinema. Ainda assim, um grande filme.
MANK
de David Fincher
Fincher é um diretor muito rigoroso, e seu filme é tecnicamente muitíssimo bem acabado. Entretanto, reverente demais a memória do pai que escreveu o roteiro (datado), acabou por ser uma homenagem a industria de Hollywood tão fria e pomposa que nem nos importamos com seus personagens
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na mosca