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Crítica: "Paris-Manhattan" não empolga tanto quanto poderia

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Todos possuímos ídolos (seja na música, no cinema, nos esportes, etc), e, de certo modo, temos interesse em saber o que eles pensam, como agem em determinadas situações e por aí vai. Mas, e quando o ídolo em questão é o renomado diretor de cinema, Woody Allen? É isso que mostra o filme “Paris-Manhattan” (idem, França, 2012).

Alice Ovitz (Alice Taglioni) é uma mulher que tem um verdadeiro fascínio pelo cineasta desde que viu pela primeira vez um filme dele, aos 15 anos. Não bastasse isso, possui no quarto um cartaz com a foto do diretor, com quem mantém “diálogos” (ao menos em sua cabeça) sobre o mundo que a cerca. Já mais velha, ela se torna uma farmacêutica e herda a farmácia de seu pai. No entanto, sempre que algum cliente entra, ao invés de vender os remédios prescritos pelos médicos, ela oferece filmes aos clientes – do Woody Allen, obviamente -, como sendo a melhor possibilidade de cura para os seus problemas de saúde. Sua família, porém, acha que falta amor na vida de Alice, e não desiste de bancar o cupido para ajudá-la nesta empreitada.

Este é o primeiro filme de Sophie Lellouche (que também assina o roteiro). Embora a ideia seja interessante, ela não foi tão bem executada. O roteiro é falho e, por vezes, desconexo, especialmente na cenas em que Alice “conversa” com Allen – os diálogos simplesmente não encaixam. Devido a sua curta duração (o filme tem apenas 77 minutos), a diretora parece “correr” em alguns pontos, apressando fatos que poderiam ter sido melhor abordados e desenvolvidos (como a relação de Alice com o diretor, que se perde ao longo do filme), enquanto outros segmentos poderiam ser mais curtos (ou até mesmo excluídos). Isso se deve, em parte, a inexperiência da diretora/roteirista. A fotografia de Laurent Machuel apesar de bonita, falha em alguns momentos, e a trilha sonora de Jean-Michel Bernard não impressiona.

No que concerne ao elenco, a maior parte dos atores e atrizes parece pouco à vontade em seus papéis. Quem realmente agrada – e traz o tom cômico necessário à trama – é o ator Michel Aumont, que interpreta o pai da personagem principal. O restante poderia ter se esforçado um pouco mais em seus respectivos papéis. O grande momento do longa é quando o próprio Woody Allen aparece e “troca figurinha” com um dos pretendentes (Patrick Bruel) de Alice, convencendo-o a ir atrás da mulher amada.

É uma pena, pois, se o roteiro fosse mais desenvolvido, poderia ter sido um ótimo filme. Para uma película que busca homenagear esse grande diretor do cinema contemporâneo, faltou abordar um pouco mais as questões trazidas por ele em seus longas de modo inteligente. Destaque para a belas paisagens de Paris. Serve para passar o tempo.

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