Humpday conta a história de Ben, que vive uma vida pacata com a esposa Anna, do trabalho para casa, até o dia em que seu amigo Andrew aparece em plena madrugada.
O espírito livre de Andrew faz Ben questionar sua vida monótona, e eles terminam numa festa dionisíaca na casa da “ficante” lésbica de Andrew. A loucura da noite levanta o assunto da Humpfest, o festival de pornografia amadora promovida por um jornal, e surge a idéia artística que é o tema central do filme: dois amigos heterossexuais fazem sexo e filmam o ato.
Antes de partir para os finalmentes com o amigo, Ben resolve falar com a esposa, que faz um esforço para entender o desejo do marido. Um dos pontos altos do filme é justamente a relação dos dois e as conversas entre eles, assim como a relação dos dois amigos…
Isso por que ao contrário do que parece, Humpday não é exatamente uma comédia. Há momentos engraçados, claro, mas o filme ganha muito mais na profundidade das relações entre os personagens mesmo. O pecado é não explorar mais o tema central, já que esse limite entre a forte amizade entre dois homens e a homossexualidade é tão tênue.
O caso é que homossexuais não ficam aterrorizados pela idéia do sexo hétero, independente de o terem praticado, mas heterossexuais se fecham para a simples possibilidade de sexo gay, talvez por medo de gostar…
Está aí a questão do filme. Será que uma relação tão íntima como a de amizade não poderia ser algo mais, mesmo que por uma noite? Será que não poderia ser só carinho ou prazer, sem que ninguém precisasse se “redefinir” por causa disso? Dá o que pensar…
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