Ou como um investidor e seu grupo conseguiu alavancar os filmes da Marvel.
Ike (Isaac) Perlmutter é um investidor israelense que, após a compra da Marvel pela Disney no ano passado, se tornou o segundo maior acionista da empresa. Antes disso, ele foi membro da diretoria da Marvel desde 1993 e vice-presidente da Marvel Entertainment até a compra da empresa pela Disney. Além de reter força econômica, ele é o homem por trás dos planejamentos e contratação de elenco para os filmes da Marvel, começando por Homem de Ferro, com um orçamento de US$ 80 milhões.
Originalmente, o longa seria estrelado por Tom Cruise, que pediu exorbitantes US$ 20 milhões para interpretar Tony Stark. Foi Ike Perlmutter quem disse não e resolveu dar uma chance ao esquecido Robert Downey Jr. Após o sucesso do primeiro longa, Terrence Howard pediu mais dinheiro para voltar ao papel. Além de falar não, Perlmutter trouxe Don Cheadle.
Segundo o New York Post, a equipe de Perlmutter é um grupo de negociadores que segue a filosofia de que atores famosos não são necessários. Eles querem que o super-herói não fique na sombra do nome do ator e acham que a franquia deve falar por si só.
Um dos fatores que fez a Marvel usar este tipo de pensamento foi o econômico. Afinal, graças a Missão Impossível 4, Tom Cruise levou US$ 60 milhões para casa, enquanto a Paramount mal cobriu seus custos. A partir daí, a empresa baixou seus pagamentos iniciais e deixou que a franquia fizesse a fama do ator. É reportado que Scarlett Johansson baixou seu salário para participar de Homem de Ferro 2 e ainda assinou o famoso contrato de múltiplos filmes. Ou seja, para ela é interessante ter este tipo de variação em seus papéis enquanto fica conhecida por uma esfera distinta de fãs.
Chris Hemsworth e Chris Evans são atores de salário baixo, e com isso permitem que os filmes tenham orçamentos melhor utilizados com um elenco mais equilibrado, locações e efeitos especiais. Capitão América tem um orçamento firmado em US$ 140 milhões e já está cortando gastos nas gravações usando locações em Londres, e não em Los Angeles. Não é muito se pensarmos em filmes como Batman ou Transformers, que chegaram quase a US$ 200 milhões.
Agora, com a compra da empresa e seu estúdio pela Disney, Perlmutter pode perder um pouco de espaço, mas fatalmente sua filosofia irá acompanhar os filmes da empresa. Pelo menos até o segundo longa dos Vingadores.
J.R. Dib
Isso aí! Chega de "superastros" e suas manías estranhas. Imagina se fosse o "cientólogo" do Cruise no lugar do Robert Downey Jr. Acho que aquela cena do "LHC na gambiarra" não iria rolar…hehehe