E não é que Matthew McConaughey pode ser um bom ator? Até porque tínhamos esquecido de seu desempenho no bom Tempo de Matar (1995). O Poder e a Lei existe para que não nos esqueçamos disso.
Adaptação do livro Advogado de Porta de Cadeia, de Michael Connelly, McConaughey interpreta o advogado oportunista Mick Haller, que faz de seu Ford Lincoln, dirigido por um motorista boa praça, o seu escritório de trabalho. Separado (da personagem de Marisa Tomei, que mesmo fazendo um papel pequeno, consegue se destacar) e pai de uma filha, ele é procurado para advogar na defesa de um playboy (Ryan Phillippe) acusado de agredir violentamente uma prostituta. Mas com o desenrolar do caso, Mick passa a suspeitar que seu cliente não é tão inocente quanto faz parecer ser.
O diretor Brad Furman conduz a história num interessante misto de plasticidade com realismo, e o roteiro é dinâmico na construção quase noir que estimula de sua história. A transformação pelo qual Mick passa, sem afetar tanto sua personalidade escorregadia, é bem implementada e é também o que dá humanidade às reviravoltas que a trama dá até o fim.
Matthew, que vinha nos últimos anos se especializando em comédias românticas (em sua maioria bem ruinzinhas, apenas palco para ele expor seus bíceps), surpreende numa atuação segura e cheia de nuances. A composição de seu personagem dialogou muito bem com o “espírito” do filme. Willian H. Macy é outro destaque na produção, que conta ainda com uma trilha sonora maravilhosa, com Marvin Gaye e Bobby Bland.
O poder e a Lei é um filme correto – a sua conclusão é um tanto conservadora aos padrões americanos clássicos de concluir filmes – e estimula o tema “filmes de tribunal” que estava meio esquecido. Tudo muito digno e como fez boa carreira nos cinemas ianques, já há a possibilidade de uma continuação. Só espero que da próxima vez explorem melhor o fato do nome original do filme, The Lincoln Lawyer, que vem a ser a marca do carro do protagonista, seja mais justificada.
[xrr rating=4/5]
Título original: The Lincoln Lawyer
Duração: 118 minutos
Direção: Brad Furman
País de Origem: EUA
Estreia no Brasil: 27 de maio de 2011
ADoro!!!!! matthew,concordo com a critica ele tem feito muito comédia romantica que são chatas,com atrizes sem carisma,ele é muito talentoso e enche a tela com a interpretação e também com a sua beleza.Adoro tempo de matar,os atores são de primeira.gostaria de ver o matthew com a sandra Bullock novamente atuando poderia até ser em filme romântico a quimica entre os dois é boa.Não vejo a hora de ve-lo novamente