O Oscar 2023, que laureou “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, apesar de premiar dois asiáticos nas categorias de atuação (Michelle Yeoh, melhor atriz, e Ke Huy Quan, ator coadjuvante, ambos pelo filme vencedor da noite) e a primeira mulher negra a ganhar dois Oscars (a figurinista Ruth E. Carter de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”), mostrou que ainda há um longo percurso rumo à diversidade. A ausência de mulheres e negros na categoria de direção esse ano, por exemplo, foi um ponto bastante discutido.
As mudanças estão vindo, mesmo que a passos lentos. Inclusão e representatividade são dois pontos cada vez mais discutidos e analisados. Os movimentos #MeToo e #OscarsSoWhite exerceram papel fundamental.
Em vista de acompanhar as mudanças demandadas pelo nosso tempo, a Academia resolveu implementar critérios para valorizar a pluralidade de profissionais, equipes e atores do mundo na premiação mais importante de Hollywood. Para se concorrer nas próximas edições, os estúdios precisarão ter o mínimo de representatividade em seus projetos.
Essas mudanças começarão a valer a partir de 2024 para os candidatos à categoria de Melhor Filme. Abaixo, confira o que muda.
-Ter membros de minorias, como negros ou latinos, em papéis de protagonistas ou coadjuvantes, ou 30% do elenco composto por grupos pouco representados;,
-Ter um número determinado de membros de grupos pouco representados, como mulheres ou pessoas com deficiência, em cargos de liderança ou 30% da equipe geral formada por membros destes grupos;
-Oferecer cargos pagos de estágio ou de aprendizado para membros de grupos pouco representados nos estúdios, distribuidoras e produtoras, além de vagas de oportunidades de desenvolvimento de habilidades e de treinamento para membros destes grupos em cargos menores na equipe de produção;
-Ter cargos de liderança nos estúdios e/ou produtoras preenchidos por membros de minorias ou grupos pouco representados nas equipes de marketing, distribuição e/ou publicidade.
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