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“Precisamos começar a exaltar e consumir mais arte periférica”, diz a atriz Helena Paixão

Atriz do filme “A casa modelo” fala sobre o início de sua carreira e a importância de investir e valorizar artistas independentes

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A atriz Helena Paixão, que integra o elenco do filme “A Casa Modelo”, resultado da parceria entre Velupta Produções e Templo Enkoji, compartilha um pouco de seu amor por arte e conta como foi a experiência de interpretar a protagonista Nina.

1 – Como foi seu primeiro contato com a arte?

Eu tinha uns 7 ou 8 anos e adorava escrever peças teatrais, até que um dia, decidi apresentar uma de minhas peças junto a umas amigas para o Dias das Mães.

2 – Fale um pouco sobre sua personagem Nina no filme.

A Nina é o tipo de personagem com várias camadas e, conforme o andamento do filme, fica muito mais visível todas a bagagem de emoções que ela carrega. Eu diria que é uma personagem que começa de um jeito e termina totalmente transparente, mostrando o que realmente sente e sentiu em muitos momentos. Isso faz com que a compreendamos mais.

3 – Na sua opinião, qual importância de democratizar o acesso à arte?

Para mim, durante muito tempo, a arte era de acesso fácil só para a elite. Aqueles que têm investimento são mais “valorizados” e nós vemos muitos artistas privilegiados e famosos sendo divulgados, com isso, a arte fica muito monopolizada, pois reforça a ideia de que só quem tem grana pode ser artista, enquanto quem não tem deve fazer outra coisa e esquecer dos seus sonhos artísticos. Acredito que precisamos começar a exaltar e consumir mais arte periférica, incentivando e lutando para que se torne algo acessível. Temos que quebrar o estereótipo criado sobre a arte independente, como se fosse tudo mal feito. É importante falarmos sobre artistas independentes e achar eles tão talentosos e “merecedores” de visibilidade quanto o artista na televisão.

4 – Além do cinema, quais outras expressões artísticas você pratica?

Eu também canto, faço teatro e me arrisco na dança.

6 – Quais são as suas influências na arte?

Olha… eu tenho um trilhão, mas ultimamente venho buscando referências mais próximas da minha realidade. Me inspiro muito no trabalho da atriz Bell Talarico, que está maravilhosa no filme “A casa modelo”. Admiro artistas que seguram a porta para outros artistas, no final é sempre isso que importa! Admiro muito também a Castilho e a Maria Bomani, que são outras artistas que vieram de realidades parecidas com a minha e se parecem mais comigo.

O filme “A casa modelo”, escrito e dirigido por Anderson Cosme e Bruna Ribeiro, estreia ainda neste semestre e conta a história de três vidas distintas que se colidem em uma noite sombria de almas desoladas.

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