O documentário brasileiro “Seringal Ananin” foi premiado no Vem Sac-Paris, salão internacional de artes, de 24 a 28 de abril, na França. O curta-metragem, com roteiro e direção de Elizabeth Santos, ganhou como Melhor Documentário, uma das categorias especiais do evento promovido pela Gallery SPT, com atividade em Portugal e na Espanha.
O filme fala sobre o Museu Parque Seringal de Ananindeua, situado na região metropolitana de Belém, no Pará. Espaço de memória, cultura e lazer, o local reproduz em escala reduzida o ambiente de exploração das seringueiras em busca do látex da Floresta Amazônica. O filme será relançado em setembro no Brasil como longa metragem.
A trilha sonora original é do violonista Salomão Habib, pesquisador e compositor de música regional paraense. Com 28 minutos de duração, o filme aborda a história do Ciclo da Borracha, passando por figuras como Chico Mendes. Utilizando depoimentos e poesias, o curta destaca também aspectos geográficos, sociais, ambientais e culturais do parque ambiental, construído num antigo local de descarte de lixo de Ananindeua, em 2012. Segundo a diretora e roteirista, o projeto tem como objetivo principal a valorização e conscientização da sociedade em relação à preservação do meio ambiente e de áreas de preservação ambiental.
“Seringal Ananin” foi lançado em Madri (Espanha), em julho de 2023; em seguida, em Portugal, e, agora, em abril, em Paris (França), onde foi condecorado no Vem Sac-Paris. “Não esperávamos receber premiações, já estávamos satisfeitos em sermos selecionados pela curadoria para participarmos das mostras internacionais. Foi uma bela surpresa”, contou Elisabeth. “Atualmente, estamos trabalhando numa nova montagem e edição para relançar o filme como longa-metragem no segundo semestre, no Brasil”, adianta a diretora e roteirista. A nova versão ainda em montagem, como longa, terá 75 minutos.
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