Escrito por Rita Buzzar (“Olga” e “Budapeste”) e João Segall (“O Caseiro”), Duetto revela a dor de 3 mulheres após a morte de Marcelo (Rodrigo Lombardi). O filme se passa no Brasil e na Itália de 1965, e conta com elenco dos dois países. Marieta Severo, Luisa Arraes, Gabriel Leone e Maeve Jinkings dividem cenas em italiano com os atores Michele Morrone, Elisabetta de Palo e Giancarlo Giannini.
Depois da morte de seu pai (Rodrigo Lombardi) em um trágico acidente de carro, Cora (Luisa Arraes) viaja com sua avó, Lúcia (Marieta Severo,) para a região da Apúlia, na Itália. Lúcia está indo encontrar Sofia (Elisabetta de Palo), sua irmã, para falar sobre a venda de algumas terras da família. As duas não se veem há quase 40 anos porque Sofia casou com Gino (Giancarlo Giannini), ex-noivo de Lúcia. Nesta viagem ao passado familiar cheia de questões mal resolvidas, Cora trilhará seu caminho para a maturidade.
Como Marieta Severo conta: “Eu acho que tem duas vertentes dentro dessa história. Lúcia tenta reconstruir o passado enquanto Cora tenta construir o seu futuro”. Para Maeve Jinkings, que faz o papel de Isabel, mãe de Cora e esposa de Marcelo, o filme fala “de uma narrativa que é um rito de passagem, são mulheres se descobrindo. No caso da Isabel, é uma mulher se descobrindo para além da maternidade. Porque sua filha está indo pro mundo”.
Nas palavras de Rita Buzzar, “‘Duetto’ é sobre a possibilidade de seguir em frente com todas as dificuldades que nós temos na vida. A possibilidade do perdão, a questão de o amor ser egoísta e isso levar a conflitos entre as relações…. O filme tem essa simplicidade de ser sobre os dramas que todo mundo vive”. A perda de um amor é o pontapé inicial para a trajetória dessas mulheres de diferentes gerações. Cada uma lida à sua maneira, embora sejam todas mulheres à frente de seus tempos.
Duetto teve cinco dias de filmagens na região da Apúlia, na Itália. Luisa Arraes, Gabriel Leone e Maeve Jinkings aprenderam a falar a italiano para o filme. A ficção ainda cruza com a história de Marieta Severo, que já sabia falar a língua por ter vivido na Itália durante o exílio dela e de Chico Buarque, seu ex-marido, no final dos anos 60.
A direção é de Vicente Amorim (“2000 Nordestes”) e a produção é da empresa Nexus.
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