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Crítica: "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" redime Bryan Singer com os fãs

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Há algum tempo, as pessoas bradavam que seria impossível fazer um filme com vários heróis, que simplesmente não funcionaria. Aí veio a Marvel e o Kevin Feige e lançaram “Os Vingadores”, deixando a todos perplexos e cientes de que o impossível era possível. Logo em seguida, começou a segunda parte das afirmações e convicções, de que ninguém conseguiria superar o que a Marvel estava fazendo com seus heróis, que Vingadores era o melhor filme – feito até hoje – com muitos heróis e etc.
Aí a FOX e o Bryan Singer lançam “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” e essas afirmações também vão cair por terra.

Num futuro não distante, os mutantes e todos que possuíam um gene latente de mutação foram praticamente dizimados pelos Sentinelas de Bolívar Trask (Peter Dinklage). Os poucos mutantes que sobreviveram, vivem escondidos para evitar confrontos diretos e, também, para encontrar uma maneira de vencer a guerra. Tarefas nada simples, pois os Sentinelas conseguem rastreá-los com uma enorme facilidade. Aqueles que continuam lutando como Bishop (Omar Sy), Apache (Booboo Stewart), Blink (Bingbing Fan), Colossus (Daniel Cudmore), Homem de Gelo (Shawn Ashmore), Tempestade (Halle Berry), Mancha Solar (Adan Canto) e Kitty Pride (Ellen Page), testam novas ideias como saltar no tempo, uma ou duas semanas no passado, a fim de prevenir novos ataques, tudo graças aos poderes de Kitty. Porém, ao perderem mais uma batalha, Professor Xavier (Patrick Stewart) e Magneto (Ian McKellen) aparecem com outra ideia muito perigosa. Eles propõem que alguém volte bem no passado, mais precisamente em 1973, a fim de evitar que os Sentinelas sejam aprovados pelo governo americano e deem início a guerra.

Acontece que voltar tanto no tempo pode romper as conexões cerebrais e levar a pessoa à morte. O Professor Xavier, que havia se voluntariado, não seria capaz de fazer tal viagem. Mas, alguém com fator de cura como Wolverine (Hugh Jackman) pode, o que dá a partida ao filme.
Este novo filme dos X-Men conseguiu não só limpar a ficha de Bryan Singer, como também jogar todos os outros fracassos dos mutantes no lixo. Pois é com verdadeira maestria que Singer consegue conduzir esse projeto com uma quantidade absurda de protagonistas, sem que nenhum seja ofuscado ou esquecido. Talvez essa façanha se deva ao fato de que a trama é situada em dois tempos diferentes, passado e futuro. Dessa forma, ao alternar as cenas, fica mais fácil lidar com essa quantidade de mutantes e dividir bem os diálogos e acontecimentos.
Somado a isso temos o excelente roteiro de Jane Goldman, Simon Kinberg e Matthew Vaughn, que conseguiram condensar de forma inteligente a história do quadrinho em 131 minutos e justificar de modo plausível todas as mudanças, como o fato de que é o Wolverine que volta no tempo e não Kitty Pride como no original.

Contudo, nada chama tanto a atenção do espectador quanto o elenco. É simplesmente incrível poder assistir essa fusão de gerações dos X-Men na tela do cinema. Mesmo que alguns não cheguem a contracenar entre si como acontece com Xavier e Xavier, ou que tenham pequenas pontas, ou os que não possuem grandes diálogos, ainda assim, não deixa de ser incrível. Hugh Jackman demonstra mais uma vez, que o papel de Wolverine é seu e mesmo que alguém eventualmente o substitua, ele sempre será o Logan. Todos atuam com o coração e se entregam verdadeiramente aos seus papéis, o que dá uma satisfação enorme em assistir.
Os destaques ficam com Evan Peters que, apesar do burburinho que cercou a sua escolha como Mercúrio, promete agradar em cheio a quem for assistir ao filme, e Peter Dinklage, como Bolívar Trask, que continuamente vem deixando a todos estupefatos com suas atuações (nesse caso, não sendo nada diferente). Dinklage compensa a baixa estatura com seu enorme talento para atuação, além de carisma, é claro. Há também boas surpresas no restante do elenco, mas, não vou estragá-las.

Não dá para esquecer as cenas de luta entre os Sentinelas e os X-Men, que foram muito bem elaboradas e prometem arrancar lágrimas da platéia, afinal, é uma guerra. No mais, arrisco a acrescentar uma afirmação a todas as outras já proferidas antes: “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” é o melhor filme de super-heróis já feito ultimamente. Agora é esperar para ver como será a resposta da Marvel com “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”. Essa é uma batalha indireta que agrada e muito aos fãs.

obs: fiquem até depois dos créditos, há uma cena importante.
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