A lírica de Carmen Moreno obedece uma transcendência do factual

Como um desejo de ascender ao voo, de ver a realidade das coisas por formas não tão próximas. De entrar em contato pelo veio da subjetividade mais poética com o objetos do mundo.

A lírica de Carmen Moreno, no seu livro Para fabricar asas, da editora Ibis Libris, obedece a uma transcendência do factual, nada em sua poesia é no exato significado do agora. Há deslocamentos temporais, relações de causa e efeitos são modificadas por lógicas muito próprias de efeitos poéticos onde há noção de fato é re-significada para uma combinação de ações que se copulam em posições muito sensualizadas.

A imagens muitas vezes nos poemas criam pequenas fendas na lógica de uma “permanência”, por exemplo, pois o texto de Carmen não formaliza um núcleo de imagens transitivas, há sempre inversões do sentido literal para uma reorganização do signo textual.

Há na escolha do vocabulário, uma riqueza de palavras que transcendem apenas uma significação, que podem voar para outro casulo de sentidos fazendo que o poema deslize sempre para um outro ponto da percepção do leitor. Há em cada poema um pouso para polinizar o signo poético, mas não há nele objetivos em socializar contextos de uma linearidade de objetivo conclusivo.

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