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Banda Escocesa "Chvrches" estreia com agradável sonoridade retrô

Os anos oitenta parecem mesmo não querer ir embora. Principalmente quando se trata de música pop. Bandas que buscam inspiradação no som da chamada década perdida não param de surgir.Temos exemplos daquelas que vieram à luz nos anos 2000 e  já  bem sucedidas e estabelecidas no mainstream, como Arcade Fire e The Killers. A mais recente, que vem chamando a atenção é o Chvrches (isso mesmo, com V no lugar do U, como a grafia romana), que lançou um disco em setembro de 2013.

Formado em Glasgow, na Escócia em 2011, o Chvrches é integrado por Lauren Mayberry (vocais, sintetizadores adicionais e samplers), Iain Cook (sintetizadores, guitarra, baixo, vocals), and Martin Doherty (sintetizadores, samplers, vocais).  Após o lançamento de singles e EP, a banda debutou com o álbum “The Bones of What You Believe” (Virgin U.K). A primeira faixa a estourar foi Lies”, que parece ter sido gravada em 1985, como boa parte do álbum. Eles não são influenciados pelo som dos anos 80, eles simplesmente fazem questão de soar como uma banda synth pop de 30 anos atrás, da mesma forma que os Black Crows pareciam uma banda que fora congelada nos anos setenta e descongelada nos 90.

O resultado logra bom êxito. Nem sempre emular o passado é um sinal de preguiça, falta de talento ou criatividade. O disco é dançante e traz belos arranjos, adornados pela voz angelical de Lauren. As influências do Chvrches são Depeche Mode, The Knife, um pouco de Kate Bush e é possível captar até algo de Sandra (do hit Maria Madalena). Tanto que em julho de 2013 eles abriram shows para o Depeche Mode. Mas não se deixe enganar pela batida dançante da banda e pela voz de veludo da vocalista. A atmosfera é bastante niilista em algumas faixas como em “Lungs” em ela canta “All the things you tell yourself offer no resolution”(“Todas as coisas que você diz a si próprio não oferecem solução”) e até mesmo sombria como em “Lies”. Há também um traço de ironia em faixas como “Night Sky” que tem o verso “make me blind so I don’t ever look back”(“me cegue para que eu não olhe mais para trás”).

The Bones of What You Believe é um belo trabalho de estreia de uma banda que aponta para um futuro frutífero. Suas 12 faixas distribuídas em 48 minutos são de fácil audição, bem produzidas e trazem consigo riqueza de criação, sem cair na pretensão vazia ou no rebuscamento enfadonho. É uma viagem no tempo, levando-nos de volta ao passado mantendo um olho aberto para o futuro.

 

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