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​​Iemanjá Carioca: comemorando dia do orixá, música de DJ MAM ganha remix unindo afro house e pagodão baiano

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Comparando a santidade e a força do orixá com a matriz de formação da cidade do Rio de Janeiro, o DJ MAM e Aleh criaram a faixa “Iemanjá Carioca”, que ganha uma nova roupagem através do produtor baiano Zilla. Unindo os ritmos africanos e eletrônicos da original com pagodão baiano, a canção chega aos serviços de streaming para celebrar o Dia de Iemanjá, comemorado em 02 de fevereiro.

“Essa faixa é uma de minhas músicas mais tocadas nas rádios mundo afora. Ela já foi lançada em quatro discos, inclusive em coletâneas internacionais de importantes selos, como a Kafundó Records, do americano Maga Bo e do alemão Wolfram Lange. A música ganhou um EP no selo dinamarquês Music For Dreams, do cultuado DJ e radialista Kenneth Bager, à frente de programas como o Ibiza Sonica, no balneário espanhol. O DJ Zilla adora a música e sempre quis remixá-la. Achei legal não só lançarmos como uma celebração, mas também como oportunidade de fazer uma festa junto”, diz MAM, que apresentará a faixa na casa carioca Manouche no próprio dia 02/02 (sábado).

Lançada originalmente no álbum “Sotaque Carregado”, de 2012, a canção versa sobre o percurso do Rio Carioca, desde a sua nascente na Floresta da Tijuca até sua foz na Baía de Guanabara, para criar o mito de uma Iemanjá Carioca que representa o povo da cidade e suas diferentes etnias e matrizes.

DJ Mam e René Ferrer por Willer José

Trazendo elementos étnicos, a percussão indígena tocada e cantada por MAM, dialoga com os toques de candomblé arranjados por Alexandre Garnizé, fundador do bloco Tambores de Olokum. Com forte inspiração na música negra de protesto, a black music se faz presente na voz do soul man Aleh, nos teclados de Carlos Dafé, e no afrobeat enfezado do guitarrista nigeriano Oghene Kologbo, que acompanhou Fela Kuti durante toda sua carreira.

“Na época, usamos a música para denunciar as poluídas águas do Rio que dá nome aos cariocas. A música já ganhou uma versão remix em 2015 pelas mãos do DJ e produtor musical paulistano Deeeplick e agora chegou a vez de ser misturada ao pagodão baiano”, conta MAM, animado.

Zilla, responsável pelo remix, é produtor de hits baianos como “Me Libera Nega” (MC Beijinho) e é colaborador de Psirico. Márcio Victor, idealizador da banda baiana, participou da faixa com percussões extra. No EP digital, pode ser ouvido “Omama”, que traz a conexão da nossa cultura afro-carioca com a Rainha do Mar também cultuada pelos cubanos, por René Ferrer e Marcos Kuzka Cunha em um remix exclusivo.

Criar conexões entre os sons brasileiros de ontem e de hoje, a música eletrônica e as raízes do mundo todo é uma das metas do DJ MAM e do seu selo Sotaque Carregado. Além desse lançamento, a label está trabalhando no projeto Carnaval Remix, que busca novas roupagens para canções da folia. O selo é distribuído pela Sony Music.

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