Cantora, compositora e atriz, Juliana Calderón segue unindo seus múltiplos talentos em uma sequência de lançamentos que irão resultar no álbum “Primeiro ato: Tectônica”, a ser lançado em 2023 pelo selo Relva Music. O novo single, “La Droga”, é uma amostra das línguas e linguagens potentes deste primeiro trabalho autoral, e chega acompanhado de um clipe cinematográfico onde Juliana dá vazão, também, à sua veia satírica.
“La Droga” é uma das canções em espanhol deste seu “Primeiro ato”. Alinhada às ideias de tensionamento interno e transformação que permeiam todo o álbum, proposto pelo conceito das placas tectônicas, Juliana Calderón satiriza o próprio sofrimento amoroso encarnando seu alter ego, uma versão burlesca e andaluz de si mesma, influenciada por sua ancestralidade espanhola, de Málaga. O videoclipe ganha a assinatura do diretor Fernando Gomes, responsável por inúmeros projetos em teatro e televisão, principalmente na TV Cultura.
Quando o produtor musical do disco e da faixa, Marco França (que também atua no clipe), comentou com Juliana que Gomes era um exímio manipulador de bonecos, surgiu a ideia de produzir uma boneca marionete de Lola Calderón, confeccionada com sensibilidade e maestria pelo artista bonequeiro Dante. Através dessa união de talentos, o clipe narra o reencontro e a transformação de Juliana nessa persona dramática, com imagens captadas pelo Diretor de Fotografia, Fernando Lenox (que também assina a montagem), e potencializadas pela maquiagem criativa de Louise Helene.
Embalada por um piano desafinado e notas ritmadas de sanfona, “La Droga” transporta o ouvinte para um cabaré onírico, fora do tempo, em que personagens diversos se embriagam enquanto ouvem o lamento irônico da artista, sobre o vício em um grande amor perdido. A canção foi composta em uma fase melancólica em que Juliana se sentia “drogada” pela nostalgia de dois amores: uma pessoa com quem havia recém-terminado um relacionamento e, principalmente, a atriz dentro de si que ela havia perdido, simbolizada pela boneca no clipe. O projeto como um todo é uma ode ao seu amor pelo teatro, assim como um belo convite à reivindicação da liberdade de sermos exatamente quem desejamos ser, sem medo de parecermos românticos demais.
A nova faixa vem na esteira da também imagética “Leoa Tectônica”, uma canção que dialoga com a força da mulher e da natureza e que ganhou um clipe dirigido pela própria artista. A composição aborda a complexidade e os paradoxos do arquétipo feminino, estabelecendo uma relação entre a história social da mulher e a condição do Planeta Terra, que apesar da devastação, continua girando.
“Leoa Tectônica” e “La Droga” estarão no álbum “Primeiro ato: Tectônica”, parte um de duas que serão lançadas com a estreia musical de Juliana Calderón. Os primeiros singles já estão disponíveis para streaming, e os clipes, no canal de YouTube da artista.