“(…) metade de mim é o que creio e a outra metade é o que sinto”.
Assim se apresenta Ana Cacimba em “Mergulho”, seu novo e segundo álbum de estúdio. Projeto propõe uma viagem para dentro de si mesma usando o mar como plano de fundo. Por meio de poesias e canções, mostra a força da ancestralidade e da fé afro-religiosa, homenageando também a rainha dos oceanos, conhecida em algumas tradições como Janaína, Mãe d’água ou, mais popularmente, Iemanjá.
Produzido por Victor Paixão e co-produzido por Thiago Duar, disco marca uma nova fase na carreira de Ana, mais madura e, ao mesmo tempo, mais aberta às experimentações. A cantora segue, ainda, saudando a cultura popular e brasileira com sua mistura entre o orgânico dos tambores e os beats eletrônicos, algo que se conecta com o seu primeiro álbum, intitulado “Azeviche”.
Reunindo 9 faixas embaladas por ritmos e instrumentos diversos, o trabalho apresenta uma fusão que é atravessada pela origem quilombola de Ana Cacimba e, também, sua conexão com a cultura africana. Em “Mergulho,” o percurso sonoro habilmente transita por diversos estilos, passando – entre outros – pelo pop, canções de ninar, cantigas de umbanda e cartas de amor.
“A jornada do disco é uma viagem ao meu mar interior, abençoada por Iemanjá. É uma história de amor – amor pela minha fé, minha ancestralidade, meu filho, amor romântico e amor próprio. Com 9 anos de dedicação à música, cultura popular e exploração da ancestralidade, me sinto mais madura e pronta para mergulhar em águas mais profundas e diversas”, explica.
“Mergulho” foi gravado com o apoio do fomento à música da cidade de São Paulo. Faz parte do projeto Sankofa, que inclui uma série de 5 shows e 2 vivências de asalato gratuitas em espaços da cidade. Com arranjos de teclas de Will de Paula, asalatos de Ana Cacimba, percussão de Maurício Badé, beats eletrônicos de Thiago Duar e arranjos de cordas de Marcellus Meireles, disco promete oferecer uma viagem musical transformadora.
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