Violinista, compositora, rabequeira, cantora, arranjadora e intérprete, Paula Bujes apresenta ao público o seu primeiro álbum solo “Deixa o Barco Cortar Água”, cujo nome faz alusão às coisas que estão em curso, as quais não podemos controlar. “A frase dá nome ao disco porque simboliza o contexto de uma transformação que trilho, através do tempo, como mulher e artista em minha formação, meus trabalhos individuais e coletivos. Neste projeto, além da performance do violino, trago, em minhas composições e arranjos, a rabeca e a voz”, destaca.
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Reflexões sobre o feminismo e o feminino, a maternidade, o isolamento social e os processos intuitivos ligados à criatividade, juntamente com os aprendizados vividos através da rabeca e da cultura popular, trazem um novo colorido à carreira de Bujes, registrados neste álbum através de onze faixas: dez composições inéditas e uma releitura, sendo oito de sua autoria.
“Deixa o Barco Cortar Água” foi produzido por Alessandra Leão, cantora, compositora e percussionista pernambucana, importantíssima para a cena, que, em 2019, foi indicada ao Grammy Latino.
Integram diversas faixas do álbum os companheiros de Paula Bujes no Baila, conjunto musical com o qual a artista tem se aprofundado na linguagem do forró. São eles: Bruno Nascimento (violão de sete cordas), Joana Xeba (percussões) e Pedro Simões (percussões).
Além deles, somam ao disco um time formado pelo o multi-instrumentista e compositor Alexandre Rodrigues, que assina duas composições em parceria com Paula Bujes, além de participar em três faixas do trabalho, Gilú Amaral (percussões), Thiago Colombo (violão), Daniel Coimbra (cavaquinho), Cássio Cunha (bateria), Walter Areia (contrabaixo acústico), Rafael Marques (bandolim), Erlani Silva (baixo elétrico) e Lígia Fernandes (guitarra).
Apesar de estar disponível apenas nas plataformas de streaming, a organização deste passeio pela obra de Bujes – que se embala por diversos gêneros da música instrumental brasileira – é dividida em duas linhas. No lado A estão as faixas que falam mais da vivência de Paula em Pernambuco, desde a sua chegada em 2013, com protagonismo de ciranda, coco, forró, caboclinho e um baião. O lado B traz um pouco das raízes de Paula e as influências da América Latina, mais ao sul, com destaque de chacarera e milonga. Logo depois, um mergulho de volta a um forró mais milongueiro. Fechando o álbum – como não poderia deixar de ser em Pernambuco – um frevo.
LADO A
- Ciranda pra Lia
- Deixa o barco cortar água
- Entrevero
- Forró pra Seu Luiz
- Ventania
- Na Sombra da Cajazeira
LADO B
- Gaudéria
- Vinheta missões
- Milonga para as missões
- Forró antigo
- Rua da Saudade
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