Yamí une raízes brasileiras, africanas e europeias na parceria com o camaronês Njamy Sitson

Após buscar inspiração no deserto do Saara para seu primeiro single “Siroco”, o duo ítalo-brasileiro Yamí segue derrubando fronteiras geográficas e musicais com sua nova canção. O projeto liderado pelo violoncelista italiano Federico Puppi e pelo percussionista brasileiro Marco Lobo entrega mais um gostinho de seu primeiro álbum de estúdio, que unirá sons do mundo todo com downtempo e eletrônica, com a faixa “Bah’li”, gravada em parceria com o cantor camaronês Njamy Sitson. O single já está disponível nas principais plataformas de streaming.

O vocal de Sitson vem para somar à mescla única de sons orgânicos – da percussão de Lobo – a eletrônicos – do cello e programações de Puppi. A colaboração aconteceu à distância, com Njamy gravando seu vocal em Augsburg, na Alemanha, onde reside atualmente. Esta é a segunda vez que o cantor colabora com Marco Lobo, com quem integra o World Percussion Ensemble (WPE) e ao lado de quem gravou a faixa “Lua”, presente em no seu álbum solo “Bahia” (2011), agora parte do repertório dos shows de Yamí.

“O Marcos conheceu Njamy oito anos atrás, através do pianista Walter Lang. Desde o início dessa composição, a música foi feita pensando nele. Ele está cantando num dialeto dos Camarões, chamado medumba, que é sua língua mãe. A palavra bah’li significa ‘casa’, o lugar onde você se sente confortável. A letra que ele escreveu fala sobre isso, então Bah’li ficou como título”, esclarece Puppi. A casa que ilustra a capa do single é uma construção típica de Camarões, com um portal que leva a luzes, cores e interseções – exatamente como apresentado no edifício de pedra na capa do primeiro single, “Siroco”.

Além de cantor, Sitson é multi-instrumentista, compositor, musicoterapeuta, ator e contador de histórias. Além do WPE, integra também a Classica Afrobeat Orchestra, Modern String Quartett, Quinten Quartett (Bamberger Symphonic Orchestra), entre outros, e já lançou dois álbuns: “African Angel” e “Kulu”. Realiza oficinas e seminários vocais em percussão africana, canto, polifonia vocal para universidades, corais e orquestras clássicas, além de atuar como professor da Faculdade de Medicina de Hamburgo.

Somando a esse encontro multicultural, Puppi é italiano radicado no Brasil e lançou em 2018 o disco “Marinheiro de Terra Firme”, seu segundo trabalho autoral – sucessor da estreia, “Canto da Madeira” – e que já flertava com a música eletrônica. Como produtor, trabalhou ao lado de Maria Gadú no disco “Guelã”, indicado ao Grammy Latino, entre outros nomes da cena brasileira.

Já Marco Lobo é um dos grandes nomes da percussão, com três álbuns solo e tendo trabalhado com artista importantes, tais como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Virginia Rodrigues, Lenine, João Bosco, Ivan Lins e Marisa Monte. Além disso, ele faz parte do World Percussion Ensemble e tem desenvolvido projetos com músicos de todo o mundo, como o baterista Billy Cobham e o trio Elf. A percussão de Lobo em Yamí inclui, além dos atabaques, instrumentos do folclore brasileiro como berimbau, gungas e tambor de onça, além de pads eletrônicos e outros instrumentos experimentais como hang drum, tubos e sucatas.

Yamí é um encontro de culturas e tempos diferentes, onde ancestralidade e futuro dançam juntos. O álbum de estreia do projeto, incluindo “Bah’li” e “Siroco”, será lançado em setembro.

Ouça “Bah’li”:

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