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Resenhando “Liga da Justiça: Renascimento volume 1”

A Panini traz a primeira edição da Liga da Justiça no Renascimento. Um lançamento que reúne muitos dos “renascidos” neste novo Universo DC. E para compreender alguns fatos encontrados neste número, é necessário recorrer a algumas edições que envolvem um personagem importante. No caso, o Superman, em Superman: Lois & Clark, na Action Comics #957 e no Superman Rebirth.

Se você, amigo DCnauta, não as tiver lido, a leitura de “Liga da Justiça #1” talvez seja confusa e plante mais dúvidas que outra coisa, arruinando a experiência da narrativa. O título traz Justice League 1 e Justice League: Rebirth e uma vez abordado a referência acima, estarei comentando o que encontramos neste número especial Rebirth dedicado ao grupo de heróis mais importantes do Universo DC.

Para apresentar este número temos Brian Hitch, que desenvolve uma história dentro do conceito heroico, mas desenfreado visualmente. Hitch é capaz de seguir imprimindo uma força tremenda em seus desenhos, um aspecto de super-produção e ao mesmo tempo ter falhas nas proporções. Mas o épico das cenas embriagam e deixam o todo excelente.

Hitch não volta a desenhar o número seguinte, assumindo Tony S. Daniel e Fernando Pasarin, ficando só encarregado por escrever a nova continuidade da Liga. Não encontraremos nenhuma surpresa em relação ao argumento. A narrativa segue limitada a montar um cenário no qual uma criatura alienígena ataca Nova York, para obrigar um contra-ataque da Liga. Uma Liga sem o Super-Homem.

Resumindo a narrativa em poucas palavras: ameaça, ataque pouco efetivo contra a ameaça, ameaça, plano de ataque refeito, ajuda externa, vence a ameaça. Um esquema pouco original e bastante linear, com alguns momentos que fazem a HQ ser interessante em seu conjunto. Um desses momentos é a história em paralelo que Hitch desenvolve onde o protagonismo recai no Superman casado e em seu filho, como podemos ver na série Lois & Clark acima comentada. Podemos notar aqui algo mais concreto em que vemos o dilema interno que Clark sente ao ver as notícias sobre o problema em Nova Iorque. Um conflito entre a razão e o coração cujo desenrolar é melhor poder ler do que contar para não dar spoiler.

O outro ponto relevante é como os dois Lanternas Verdes da Terra se integram na Liga. Sua chegada, seu apoio ao grupo e a relação entre eles nos deixa com vontade de seguir sobre o desenvolvimento deles nos próximos números e em sua própria série. Podemos ainda tratar de um terceiro aspecto, no qual relaciona cada um dos demais personagens na história. Diana, Arthur, Barry, Victor e Bruce lidam com algo de proporções tão grande que nos leva a vê-los em desesperos, sendo que Batman é o mais contundente ao declarar suas intenções com a criatura de forma direta e taxativa. Essa maneira faz com que cada personagem tenha seu pequeno minuto de protagonismo e ajuda a compreender o formato da Liga neste novo universo.

Em resumo estamos a frente de uma HQ de traços sensíveis, com um proposta que passa esperança e visualmente atrativa que convida a crer que chegou novos tempos para a Liga, órfã do que Geoff Johns construiu até então. Vamos aguardar assim os próximos capítulos da série.

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